terça-feira, 30 de agosto de 2011

Bônus: Os 13 Porquês.

Sabe aquele livro que mesmo depois de ser comentado na resenha, precisa que algo mais seja dito? Bom, este é o espaço destinado a isto!


   Como comentei na resenha, não conseguirei esquecer o livro Os 13 Porquês tão cedo. É interessante lê-lo porque a personagem que se suicida não deixa uma carta suicida, e sim um conjunto de fitas onde cita 13 pessoas que levaram-na a fazer o que fez. É muito mais impactante!

   Sobre este tema, resolvi ampliar o que é dito no livro. Ele comenta alguns sintomas que podem aparecer numa pessoa que está pensando em se matar; a decisão é muito séria, e costuma ser planejada. O que quero aqui é dar uma visão geral sobre o assunto, esclarecer o que pode levar alguém a fazer isto. O blog não é um consultório psiquiátrico!

 Se alguém começa a dizer coisas como "Eu desisto", "Não me importo" ou "Estou pensando em acabar com tudo", temos que prestar atenção. Pode ser tanto um momento de tristeza, que passa, ou o começo de uma depressão, que pode ter fins drásticos. Outros sinais:

▪ Aparentar constantemente seriedade, tristeza ou indiferença;
▪ Começar a dar as coisas que lhe são de grande valor. A pessoa pode querer garantir que seus pequenos tesouros ficarão em boas mãos;
▪ Mudar de comportamento, atitude ou aparência;
▪ Abuso de drogas - lícitas ou ilícitas.

   Se alguém apresentar um destes indícios, isto não quer dizer que ela vai se matar. O que chama a atenção é o conjunto destes fatores. Além disto, nada de sair apontando por aí. A pessoa que pensa nisto costuma se fechar ao assunto, e uma abordagem direta pode fazê-la se afastar. 
   O que fazer para ajudar:

▪ Se mostre disponível para conversar, e mostre que é confiável. Não tente pressionar a pessoa a falar; ela tem que se sentir à vontade. 
▪ Mostre que se importe com ela, que quer sua presença.

   Vale lembrar que uma prática bastante comentada atualmente - o bullying - pode contribuir para isto. Brincadeirinhas costumam ofender. Cuidado!

   *(Dei uma consultada aqui para produzir o texto. E qualquer coisa, pode falar comigo na página de Contato, ali em cima! ;D )

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

De volta pra estante #31: Poderosa 5.

Esta resenha foi feita inicialmente para ser postada apenas no Skoob. Depois, eu vi que não tinha spoilers (milagre!), e resolvi postar aqui. Caso queiram se situar na história, podem conferir a sinopse a seguir: Poderosa, Poderosa 2, Poderosa 3 e Poderosa 4. Só não vai ter quote porque peguei o livro emprestado, e esqueci de selecionar o trecho! ;)

Nome: Poderosa 5 - O Diário de uma Garota que tem o Mundo na Mão
Autor: Sérgio Klein.
Sinopse: Joana Dalva está mais poderosa do que nunca: tudo o que ela escreve com a mão esquerda transforma-se em realidade imediatamente. O poder, porém, tem muitas faces. É possível encontrá-lo no carisma de um guru que realiza sessões de cura, no talento de uma manequim que ganha a vida sem se mexer e na força de um colega novato cheio de músculos e de mistérios. Essas personagens - e muitas outras que você já conhece - mergulham num jogo de ilusões em que nada é exatamente o que parece. Para chegar ao outro lado da verdade, será preciso penetrar num labirinto que esconde intrigas, ciúmes, vaidade, glamour... e até mesmo um minotauro! Mas não se preocupe. Para atravessar esse labirinto, você conta com a irreverência de Joana Dalva e com a prosa irresistível de Sérgio Klein.
Editora: Fundamento.
Eu gosto muito da série de livros Poderosa. Joana Dalva é uma garota que se assemelha comigo em alguns aspectos - e acredito que cada menina encontra um pouco de si nesta personagem. Estas semelhanças nos levam a imaginar: como seria nossa vida se tivéssemos o poder de transformar nossas palavras em realidade?

Muit@s diriam que acabariam com a guerra, a fome, enfim, tornariam o mundo um lugar melhor de se viver. Será? Me lembro de quando comecei a trabalhar; disse que ia fazer isso e aquilo, e já com o dinheiro em mãos, a coisa toda mudou.

Por não saber os efeitos que grandes atos como este poderiam causar, Joana Dalva fica na sua, se atrevendo a mudar o mundo com pequenos detalhes. Ela não tem lá um critério para escrever com sua mão esquerda: simplesmente o faz quando acha que precisa. Esta espontaneidade conduz o livro de maneira leve, como se uma brisa soprasse os rumos da história.

Neste volume - o último publicado, uma vez que Sérgio Klein faleceu - Joana começa um dia normal, mas, ah, nada pode ser normal quando se pode mudar um pouquinho o rumo das coisas. No caminho para a escola, ela acaba salvando uma garota que queria se matar; ao chegar na sala de aula, é surpreendida por um aluno novato, que rouba todas as atenções da sala - inclusive dos meninos!

Não que ela estivesse interessada, pois já tinha seu namorado, João. O problema era que já estavam espalhando boatos... de que o tal garoto estava interessado nela!

"Poderosa" é um exemplo de série que poderia ser seguido por mais autores: as histórias tem relação entre si, mas também tem seu Q de independência. Quem quiser começar pelo livro 5 poderá ler sem problemas - apenas em alguns momentos tramas antigas são citadas. Assim, a morte do autor não nos deixou com um mistério na mão, sem chance de ser solucionado; claro que alguns ganchos foram deixados, mas isto é para garantir que, se outro livro fosse publicado, ele pudesse se entrelaçar com os demais.

Um outro detalhe interessante é que a protagonista é feminina, mas escrita pelas mãos de um homem. Sérgio tinha filhas, e pôde dar veracidade ao texto, mas não se prendeu à picuinhas, detalhezinhos que pudessem tornar Joana numa garotinha fútil. Mesmo nos momentos mais femininos, como a ida ao salão de beleza, ela não nos chateia. Provavelmente foi por isto que ela e cativou.

A única crítica que eu tenho pro livro é que ele tem alguns momentos descrevendo a atual tecnologia, o que pode fazê-lo ficar defasado. Ou seja, meus filhos podem encontrar uma certa dificuldade na leitura! :D
Vou sentir saudades de novas histórias de Joana Dalva... ;D

domingo, 21 de agosto de 2011

Book Blogger Hop #10.

É fato que a cada dia surgem mais e mais blogs de livros no Brasil e tem muito blogueiro bom por aí que não é conhecido. Inspiradas pelo Book Blogger Hop que a Jennifer criou no Crazy For Books, e do qual participamos na versão em inglês do site, nós decidimos montar uma versão brasileira. A ideia é mostrar a diversidade de blogs literários que temos no Brasil—e conhecer um pouquinho mais dos blogueiros também. – Murphy’s Library.

A pergunta desta semana é:

Qual o livro mais longo que você já leu?

De uma vez só, as Crônicas de Nárnia - Volume Único. Peguei pra ler nas férias, terminei em três dias!
Agora, se for pra falar em um livro só mesmo, acho que foi Dezesseis Luas, de Kami Garcia e Margaret Stohl.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

De volta pra estante #30: Vítima de uma armadilha.



Nome: Vítima de uma Armadilha
Autor: Thomas Brezina.
Sinopse: Sósia de um artista famoso, Patrick é sequestrado por um helicóptero diabólico. Preso num quarto de paredes pretas, sofre uma chantagem: caso ele não colabore em um crime, uma bomba-relógio explodirá em seu pulso.
Gigi e Lu, seus amigos Tigres, precisam desvendar os truques usados pelo bandido e salvar o amigo. Descobrir as pistas fica ainda mais difícil quando realidade e fantasia acabam se misturando...
Já que você também é um Tigre, então participe dessa perigosa investigação em Nova York. Para isso, você conta com o material que está na sua pasta dos Tigres.
Editora: Ática.
Comprar: Submarino - Americanas

   Pra mim, ler livro infanto-juvenil atualmente é que nem ver filme na Sessão da Tarde: você já não pode esperar muita coisa. Tanto que nem consegui tirar uma quote decente, mas a leitura foi um bom passatempo. Minha mãe comprou pros meus irmãos e eu me lembrei que sou era apaixonada por um livro do Thomas Brezina, só que de outra coleção. Em nome dos velhos tempos, peguei o livro pra ler.

   Três amigos, Gigi, Lucas e Patrick, vão para os Estados Unidos (eles são da Europa, provavelmente Inglaterra). Patrick começa  a ser confundido com Barry Baxter, um famoso jovem ator, que tem muitas fãs; um tipo de Justin Bieber, só que este canta e atua em um musical na Broadway. A semelhança é tanta que ele precisa se disfarçar para andar em paz na rua.

   Infelizmente os óculos e bonés não conseguem despistar um suspeito helicóptero preto, que segue os três e os captura com garras mecânicas. Depois de um assustador passeio, Lu e Gigi são libertos, mas o misterioso piloto diz que se eles contarem para alguém que Barry está sequestrado, o amigo pode sofrer graves consequências.
   Ao perceberem a confusão, Gigi e Lu vão atrás do verdadeiro ator, para procurarem saber porque alguém poderia querer tirá-lo de circulação. Será que veriam seu amigo outra vez?

   É claro que eu não tô mais na idade de ler estes livros; ainda bem que ele é curto (75 páginas), e dá pra concluí-lo durante o trajeto de ida para a escola. Ok, mesmo não sendo mais o público-alvo, curti quando tinha que resolver os mistérios no decorrer do livro. O meu veio com um cartão, que tinha uma tela de plástico vermelha, e que servia para visualizar as respostas dos enigmas - estes deveriam ser solucionados por nós.

   Provavelmente foram livros deste estilo (descubra-você-mesmo) que me fizeram gostar tanto de romances policiais! :D

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domingo, 14 de agosto de 2011

Book Blogger Hop #9.


É fato que a cada dia surgem mais e mais blogs de livros no Brasil e tem muito blogueiro bom por aí que não é conhecido. Inspiradas pelo Book Blogger Hop que a Jennifer criou no Crazy For Books, e do qual participamos na versão em inglês do site, nós decidimos montar uma versão brasileira. A ideia é mostrar a diversidade de blogs literários que temos no Brasil—e conhecer um pouquinho mais dos blogueiros também. – Murphy’s Library.

A pergunta desta semana é:

Você se considera um viciado em comprar livros? Do tipo que compra e não sabe nem quando vai lê-los?
Pode-se dizer que eu estou em fase de recuperação. Antigamente eu não podia ver as palavras FRETE GRÁTIS no Submarino que eu arranjava livro pra comprar! Chegou num ponto em que meu pai se revoltou e falou pra eu parar de comprar livros até a pilha diminuir; aí eu botei a cabeça no lugar e fui racional. Tá sendo difícil segurar, é muuuuito lançamento bom! Acho que vou tirar o atraso no meu aniversário, MUAHAHA!
Atualmente tenho livros que estão sem previsão de leitura, mas isto não me incomoda. É bom saber que tem algo te esperando na estante...

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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

De volta pra estante #29: Os 13 Porquês.

Estou escutando alguém desistir. Alguém que eu conhecia.Alguém que eu gostava. Estou escutando. Mesmo assim,estou atrasado.


Nome: Os 13 Porquês
Autor: Jay Asher.
Sinopse: Ao voltar da escola, Clay Jensen encontra na porta de casa um misterioso pacote com seu nome. Dentro, ele descobre várias fitas cassetes. O garoto ouve as gravações e se dá conta de que elas foram feitas por Hannah Baker - uma colega de classe e antiga paquera -, que cometeu suicídio duas semanas atrás. Nas fitas, Hannah explica que existem treze motivos que a levaram à decisão de se matar. Clay é um desses motivos. Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir como contribuiu para esse trágico acontecimento.
Editora: Ática.
Comprar: Livraria Cultura - Saraiva - Submarino


   É estranho começar uma leitura sabendo que uma das personagens está morta. Pior ainda é ter que traçar todo o caminho que levou até isto; parece uma história de suspense, só que de trás pra frente. Esta é a grande diferença deste romance, e ainda que já saibamos o desfecho, o mistério se mantém, à medida que vamos acompanhando os fatos que levaram àquilo.

   Clay recebe um conjunto de fitas cassete em casa. Aquilo é muito antiquado! Ele tinha sim, um tocador de fitas em casa, que estava praticamente sem uso. Mas o que seria aquilo? Ao escutar o lado A da fita 1, ele escuta a voz de Hannah Baker, morta há duas semanas; ela se suicidou tomando uma alta dose de comprimidos, e gravou aquelas fitas enumerando as pessoas que teriam parte nesta grave decisão sobre sua vida.

   Clay conhecia Hannah; eles eram colegas de classe e trabalhavam juntos. O garoto não só conhecia como gostava dela, mas era muito tímido para iniciar uma conversa. Por que então estaria naquelas fitas? O que ele tinha lhe feito para que fosse considerado um dos motivos para seu suicídio? Só ouvindo fita por fita, até que sua vez chegasse.

   Nomes de colegas são citados, e a reputação de cada um vai sendo manchada. Hannah esclarece o que a atitude de outros pode fazer na vida de uma pessoa, a que níveis pode afetá-la, e reflete sobre as ações humanas como um todo. Eu achei ela um pouco dramática em certos momentos, mas quem poderá julgar suas conclusões? Ela passou por situações, e lidou com elas de modo único. A vida é assim. Uma reação em uma pessoa é diferente em outra, porque depende de fatores que variam entre si. É como uma recombinação gênica, que garante que cada indivíduo é diferente do outro.

   Não dá pra sair da leitura sem refletir sobre o que acontece ao seu redor. Ainda mais pra quem ainda está no ambiente escolar: quem nos garante que um de nossos amigos não está passando por algo semelhante? E como nossas ‘brincadeirinhas’ podem atingir o próximo?

   O autor não quis fazer de sua obra um alerta social, mas ela não deixa de sê-lo. Alguns dos sinais apresentados por uma pessoa que pensa em suicídio são apresentados, e eu parei e pensei se isto não acontece com meus conhecidos. Não conseguiria lidar com um caso desses, se eu soubesse que poderia ter feito algo a respeito e impedido.

   No livro, cada oportunidade para que Hannah se salve é perdida. Clay vai ouvindo-as, se desespera, tenta falar com os personagens envolvidos, mas em vão. Ele sabe. É só uma gravação numa fita, o passado não será mudado e seu futuro também não será o mesmo depois daquilo.

   No fim do livro tem uma entrevista com o autor, e ele esclarece curiosidades que podem aparecer com a leitura, como de onde a ideia veio, se ele passou por algo semelhante a que Clay passou... 
A capa é outro detalhe empolgante. Muito linda, incrível. 

Não irei esquecê-lo tão cedo. Histórias assim, que nos marcam, é que são boas. Recomendadíssimo.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Bônus: O Mundo de Vidro.

Sabe aquele livro que mesmo depois de ser comentado na resenha, precisa que algo mais seja dito? Bom, este é o espaço destinado a isto!

   Boas ideias, vem ni mim! Estou numa fase bem criativa, e depois de amadurecer a ideia, resolvi criar esta coluna pro blog. O itálico ali em cima define.
   O livro de hoje é O Mundo de Vidro, resenhado recentemente e escrito por Mauricio Gomyde.

   No livro, o personagem Ele compõe uma música para sua amada, Ela. Pra quem não sabe, o autor do livro é compositor também, e é baterista numa banda; a letra da música é a seguinte:

Toda Vez
(Letra e Música: Maurício Gomyde)
Toda vez que pede pra sair, eu saio
Toda vez que pede pra voltar, eu chego já
Toda vez que pede pra compreender, eu calo
E toda vez que não entende, eu falo

Toda vez que pede no claro, é claro que sim
No escuro fosse, seria assim.
Se perde o rumo eu sou teu passo
Se foge desse mundo, eu laço
Mas toda vez que desespera, eu calmo
Que sonha e espera, eu trago
Quando se entrega, eu faço
E toda vez quando chora, abraço.

Toda vez quando demora, eu perco o sono de vez
Toda vez que vai embora, eu não sou mais eu
E você ainda me pede pra dizer o que eu sinto por você?

   Com sua banda ele gravou a música! Ouçam aqui. O ritmo da música é ótimo, e no blog do Mauricio podemos encontrar outras músicas de sua autoria, e que foram gravadas por Indiana Nomma. A voz dela é belíssima, e dá toda uma leveza pra música. Outra que é ótima:

Todos tem um grande amor
(Letra e Música: Maurício Gomyde - Voz: Indiana Nomma)
Todos tem um grande amor
Mas assim, que nem o teu,
Nunca vi nada igual
Que volta e meia inverte
A ordem natural 
Mauricio e Indiana.

Como se o sal ficasse doce

E o sol gelado fosse
Como se o fogo de um lampião
Fizesse da noite um dia, então 

Como se o mar evaporasse

E nenhuma nuvem se fizesse
O vento que rumasse pro norte
Mudasse pro lado que quisesse 

E uma estrela caísse no centro da cidade

E de repente
Todo pedido virasse verdade 

Amor assim não dá pra explicar

Não dá
Amor assim não dá pra explicar
E o que não tem explicação
Deixa como está. 

Todos têm um grande amor
Mas assim que nem o teu
Nunca vi nada igual




   Dá pra fazer download e/ou escutar a música, aqui, E se quiserem conhecer mais músicas, dêem uma passada lá no site do Mauricio! Tem como ouvir todas suas canções por lá, e também tem as letras.

Curiosidade: no livro o personagem Ele escreve a música pra Ela, mas acaba afastando a garota. Com a derrota, Ele se deprime e resolve oferecer a música ao seu amigo músico Maurice, que tem uma banda começando a fazer sucesso. Aí então ela é gravada e estoura nas paradas!
      Achei bastante curioso o autor ter se incluído na história!


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Se interessou pelo livro? O blog está com uma promoção dele!

http://bookerqueen.blogspot.com/2011/07/promocao-junina-no-nosso-arraia-7-blogs.html

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

De volta pra estante #28: The Undomestic Goddess.

   Não, eu não sou estressada. Eu sou... ocupada. Muitas pessoas são ocupadas. Eu tenho um cargo de alto nível, minha carreira é importante para mim, e eu gosto disto.
   Ok, algumas vezes eu me sinto um pouco tensa. Mas eu sou uma advogada numa metrópole, pelo amor de Deus. O que você esperava?

   Este foi um daqueles livros que demorei muito tempo pra ler. Comecei em Janeiro (!), e desde este mês eu paro a leitura, continuo, paro novamente...

   No início das férias eu me forcei a terminá-lo, com o seguinte propósito: não começar a ler um livro enquanto estou lendo outro. Este era um hábito frequente meu, mas eu consegui parar - pelo menos por enquanto. Estranhei um pouco esta minha preguiça de terminar, porque o primeiro chick-lit de Kinsella que eu peguei pra ler foi ótimo (Can you keep a secret?), embalei e terminei-o rapidinho, e minha crítica foi melhor para este do que para The Undomestic Goddess. Aqui vou tentar descobrir porque isso ocorreu.

Conheçam o livro:

Nome: The Undomestic Goddess
Autora: Sophie Kinsella.
Sinopse*: Samantha Sweet é uma advogada poderosa em Londres. Trabalha dia e noite, não tem vida social e só se preocupa em ser aceita como a nova sócia do escritório. Ela está acostumada a trabalhar sob pressão, sentindo a adrenalina correr pelas veias. Até que um dia... comete uma grande mancada. Um erro tão gigantesco que pode destruir sua carreira. Samantha desmorona, foge do escritório, entra no primeiro trem que vê e vai parar no meio do nada. Ao pedir informação em uma linda mansão, é confundida com uma candidata a doméstica e lhe oferecem o emprego. Os patrões não fazem idéia de que contrataram uma advogada formada em Cambridge, com QI de 158, e que não tem a menor noção de como ligar um forno! O caos se instala quando Samantha luta com a máquina de lavar... a tábua de passar roupa... e tenta fazer cordon bleu para o jantar... Mas talvez não seja tão incapaz como doméstica quanto imagina. Talvez, com alguma ajuda, ela possa até fingir. Será que seus patrões descobrirão que sua empregada é de fato uma advogada de alto nível? Será que a antiga vida de Samantha irá alcançá-la? E, mesmo se isso acontecer, será que ela vai querer de volta? A história de uma mulher que precisa diminuir o ritmo. Encontrar-se. Apaixonar-se. E descobrir para que serve um ferro de passar...
Editora: Bantam Dell
Comprar: (in) Saraiva - Submarino - Cultura / (br) Saraiva - Submarino - Cultura
   Samantha é uma workholic (viciada em trabalho), e seu nível de dependência está em níveis alarmantes: dorme pouquíssimas horas por dia, passa a maior parte de seu tempo em seu local de trabalho e já não faz mais nada que não seja pensar em sua chance de ser sócia da Carter Spink. Por isto que ela se mata de tanto trabalhar. Certo dia, quando ela vai finalmente receber sua resposta, ela descobre que cometeu um erro muito, muito grave, que levou um cliente do escritório a perder 50 milhões de libras.

   Desesperada, ela reconhece a gravidade de sua situação e prefere não ficar disponível para escutar as críticas, broncas e comentários: pega um trem e sai de Londres, e vai parar em uma cidadezinha próxima. Sua cabeça estava tão virada que ela mal consegue se orientar, e acaba batendo na porta de uma casa, para pedir um copo de água e uma aspirina.

   A dona da casa, Trish, recebe-a prontamente, pensando que ela é uma candidata à vaga de empregada doméstica enviada por uma agência. Samantha é acolhida, medicada, e tenta ir embora, mas a mulher continua pensando que Sam trabalha com serviços domésticos, e insiste em mostrar-lhe a casa. Esta parte tem lá sua comicidade: Trish trata a situação como uma entrevista, e Sam encara tudo como se a outra fosse uma obsecada pela casa e por detalhes relacionados à limpeza - "aqui tem que ser limpo todo dia, lá tem que ser espanado", etc.

   No fim das contas Samantha fica na casa, prometendo ser a melhor doméstica do mundo. Ela aceitou o cargo porque, "ah, eles foram tão gentis, e eu preciso mesmo de um lugar pra ficar, por quê não aceitar o quarto que eles me ofereceram, só por esta noite? Amanhã de manhã eu desfaço este mal entendido".

   A manhã chega e Sam simplesmente não consegue dizer a verdade a seus novos patrões. E pior: ela não sabe naaaada sobre serviços domésticos. Como proceder?

   Bom, vocês podem se arriscar e ir ler para descobrir o que acontece, mas eu passei a ficar com preguiça a partir desta parte: já li outras histórias em que a protagonista começa uma 'mentirinha', e o que ocorre a seguir? Tudo vira uma 'bolha' de neve, que uma hora explode! Ainda assim, a maneira com que tudo é revelado não chega a ser clichê.

   Uma coisa que me irritou foram as pontas desamarradas que Sophie Kinsella deixou no romance: personagens apareceram, fizeram sua parte e sumiram, sem ter um final bem definido. Falando nisto, que final foi este?

   Não recomendo esta obra; a autora já foi mais feliz em outros livros, como o que eu citei no início o texto. Mesmo com esta pequena decepção, quero ler outros livros dela, e o próximo da lista será, provavelmente, “Remember me?”. No fim do meu paperback tem o primeiro capítulo deste, e achei bem legal. O problema é que foi assim que acabei comprando o The Undomestic Goddess...

*Esta sinopse foi retirada da versão brasileira do livro, já publicado pela Editora Record pelo nome "Samantha Sweeting, Executiva do Lar".

domingo, 7 de agosto de 2011

Book Blogger Hop #8.

É fato que a cada dia surgem mais e mais blogs de livros no Brasil e tem muito blogueiro bom por aí que não é conhecido. Inspiradas pelo Book Blogger Hop que a Jennifer criou no Crazy For Books, e do qual participamos naversão em inglês do site, nós decidimos montar uma versão brasileira. A ideia é mostrar a diversidade de blogs literários que temos no Brasil—e conhecer um pouquinho mais dos blogueiros também. – Murphy’s Library.

A pergunta desta semana é:

Qual é o principal ARC (prova de leitura) que você gostaria de ter em mãos neste momento?
A continuação de Dezesseis Luas. Terminei de ler na sexta-feira, mal me aguento de curiosidade!
   E então, tem algum livro que ainda não foi lançado e vocês gostariam de ler urgentemente? *-*

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

De volta pra estante #27: O Morro dos Ventos Uivantes.

Não te desejo torturas maiores do que as que sofro, Heathcliff. Desejo apenas que não nos separemos jamais. Se a lembrança de minhas palavras deverá desolar-te mais tarde, pensa que debaixo da terra sentirei a mesma desolação e por amor de mim, perdoa-me!

   Este livro eu comprei pra minha mãe, mas sabem como é, com intenções de ler! Depois de tantos livros contemporâneos, resolvi mergulhar em um romance do século 19, que eu sabia que me transportaria para outra realidade, muito mais do que os que eu li recentemente.



Nome: O Morro dos Ventos Uivantes
Autora: Emily Brontë
Sinopse: Na fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes nasce uma paixão devastadora entre Heathcliff e Catherine, amigos de infância e cruelmente separados pelo destino. Mas a união do casal é mais forte do que qualquer tormenta: um amor proibido que deixará rastros de ira e vingança. "Meu amor por Heathcliff é como uma rocha eterna. Eu sou Heathcliff", diz a apaixonada Cathy. O único romance escrito por Emily Brontë e uma das histórias de amor mais belas de todos os tempos, O morro dos ventos uivantes é um clássico da literatura inglesa e tornou-se o livro favorito de milhares de pessoas.
Editora: Martin Claret

   O livro é narrado principalmente por Sr. Lockwood, um jovem que aluga uma casa em certa parte da Inglaterra. Seu inquilino é Sr. Heathcliff, um homem já de meia idade, rabugento e de modos grosseiros. Lockwood, ao se instalar em Thrushcross Grange, resolve ir visitar o inquilino e único vizinho, pretendendo estabelecer relações cordiais com este. Ele não é muito bem recebido, nem pelo dono das casas, nem por seus parentes e criados. A primeira impressão que ficou não foi muito boa.
   Lockwood é se considera antissocial. Ao ter com Heathcliff, se sente sociável, devido à diferença de modos entre eles. Por isto que, mesmo sendo mal recebido, resolve voltar às instalações de seus inquilino, que tem por nome Wuthering Heights - que foi traduzido por Morro dos Ventos Uivantes.
   Nesta nova visita ele é mais infeliz: ao cair da noite a neve vem, cobrindo os caminhos e impedindo-o de ver possíveis buracos e/ou outro perigo na estrada. Nenhum dos criados podem acompanhá-lo, e com muita resistência consegue ser hospedado em Ventos Uivantes. O quarto que lhe é destinado pertenceu à uma jovem já falecida. Ele consegue ver inscrições do nome dela em pontos do rebordo da janela, e é curioso: o nome Catarina vem seguidos de diferentes sobrenomes - como se fossem diferentes nomes de casada, que ela sonhava em ter. Fuçando no quarto mais um pouco, achou um diário que pertencia a esta jovem, e leu alguns trechos. O nome de Heathcliff estava presente.
   Lockwood tem um pesadelo com os personagens deste diário, e faz um escândalo tão grande que Heathcliff se levanta para ver o que está acontecendo. Ao explicar o que ocorreu, o hóspede deixa escapar o nome de Catarina, levando o outro a ficar seriamente afetado. Enfim, depois desta confusão, Lockwood resolve se despedir da casa e desiste de se distrair em sociedade novamente.
   Ao chegar em casa, ele chama sua criada, Sra. Dean, para pedir informações da casa que acabou de deixar. Ela, então, se mostra a fonte da história de amor que o livro se propõe a falar. Helena Dean era amiga de Catarina e Heathcliff, e cresceu com eles. Passou a vida inteira servindo ora um, ora outro, e sabe muito bem de tudo que aconteceu, desde as páginas daquele diário, até os dias atuais.
   Vi então que o livro era muito diferente mesmo. Nunca pensei que a tal história de amor seria narrada por outra pessoa,  e devo corrigir isto: não é apenas uma história de amor; é um texto que se aprofunda nas personalidades humanas, desmistificando aquele papo de pessoa boazinha, pessoa malvada; todos temos os dois aspectos, e fatores externos fazem com que um ou outro se sobressaiam.
   Gosto deste tipo de leitura porque mostram aspectos da sociedade de outro lugar em outra época, mas sem quererem ser registros históricos. Imaginem só: Helena Dean era criada em Morro dos Ventos Uivantes; quando Catarina se casou, ela seguiu a patroa até Thrushcross Grange. Depois, voltou ao Morro, e a encontramos em Thrushcross. Ela não tinha lar, vivia para servir os outros, e isto era algo normal e aceitável. Outra coisa era como a pessoa era tratada quando estava doente: as sangrias ainda eram praticadas, e o tempo de vida era contado de acordo com as primaveras. Exemplo: fulano não chega à próxima primavera.
   A consciência de morte estava sempre presente. Não viviam como se fossem viver para sempre, mas sabiam que cada gripe poderia ser fatal, por causa dos invernos rigorosos. Isto aproximava as pessoas e não deixavam palavras não ditas.
   Tenho críticas para minha versão do livro: a tradução não é muito boa ; se traduziram Wuthering Heights, porque não traduzir Thrushcross Grange? O pior é que certos momentos os personagens se referem à Granja, e demorei pra lembrar de Thrushcross Grange. E tem uns trechos em branco do livro, que eu não se é erro de digitação, ou erro de impressão - o que é triste, pois podem ter omitido pedaços do livro...
   E, desculpa, Emily, mas prefiro Jane Austen, de longe!
 

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O mês que passou...: Julho/11

Esta coluna foi inspirada no blog Garota Que Lê, que por sua vez se inspirou no blog da Audrey, e que eu vi no blog da Kellen. ;D Aqui será recapitulado o que se passou no blog durante este mês!



Lidos em Julho:
- The Undomestic Goddess, de Sophie Kinsella
-  Willow, de Julie Hobban
-  Obra Completa, de Murilo Rubião
- Harry Potter e a Pedra Filosofal, de J. K. Rowling
-  PHN - Sementes de uma nova geração, do Dunga
- Harry Potter e a Câmara Secreta, de J. K. Rowling
- O Morro dos Ventos Uivantes, Emily Brontë
- Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos
- Te amo, te odeio, sinto sua falta, Elizabeth Scott

Resenhas de Julho:
O Mundo de Vidro, de Maurício Gomyde;
As Confissões de Laura Lucy, de Fernanda Saads.

Pensamentos:
Que vergonha, postei apenas duas resenhas! –.-‘
Foi um mês bastante produtivo, wee! Acho que a falta de computador me fez bem… ;D
Não comprei naada, tô na seca desde muito tempo atrás! Eu disse que tinha umas compras agendadas pra este mês, não me lembro nem quais eram. Enfim, a situação é esta…

Livro favorito de Julho:
Eu nunca consigo me decidir em um só, vamos lá: os favoritos são “Te amo, te odeio, sinto sua falta” e “Willow”. Coincidentemente, foram uns dos que me fizeram chorar até desidratar.

Também rolou no blog:
A primeira entrevista do Booker Queen, com Fernanda Saads!
Postei a promoção junina, conjunta com outros blogs. CORRE LÁ!
Criei uma nova coluna pra recomendar blogs que admiro e acho muito bom;
E agora somos parceiros do Selo Brasileiro!

Eu, hoje de manhã.
Goodbye Julho!
Ah, como me dói ter que dizer adeus a este mês! Isto significa que agora começa a maratona pro vestibular, e eu não estou disposta a isto. E significa também ter que acordar 5h20 da madrugada, todo dia, e enfrentar a velha rotina. VOOOOLTA JULHO! ;(

Hello, Agosto!
Que hello que nada! Mas já que você chegou, vamos embora com isto. Faltam 4 meses e 10 dias para minhas próximas férias, uhul! #contagemregressiva
Talvez eu viaje pra Santa Catarina no começo de Setembro, vou acertar isto por agora.
Agosto é conhecido por aqui como mês dos ventos, acho que vou comprar uma pipa e ir soltar na pracinha que tem aqui perto! #acriança

Começo o mês lendo…
O quarto volume de O Guia do Mochileiro das Galáxias: Até Mais, e Obrigada Pelos Peixes!


  Tá legal, pelo menos o começo. O Douglas Adams parou de ficar viajando na maionese e tá construindo um enredo mais interessante…
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