Não, eu não sou estressada. Eu sou... ocupada. Muitas pessoas são ocupadas. Eu tenho um cargo de alto nível, minha carreira é importante para mim, e eu gosto disto.
Ok, algumas vezes eu me sinto um pouco tensa. Mas eu sou uma advogada numa metrópole, pelo amor de Deus. O que você esperava?
Este foi um daqueles livros que demorei muito tempo pra ler. Comecei em Janeiro (!), e desde este mês eu paro a leitura, continuo, paro novamente...
No início das férias eu me forcei a terminá-lo, com o seguinte propósito: não começar a ler um livro enquanto estou lendo outro. Este era um hábito frequente meu, mas eu consegui parar - pelo menos por enquanto. Estranhei um pouco esta minha preguiça de terminar, porque o primeiro chick-lit de Kinsella que eu peguei pra ler foi ótimo (Can you keep a secret?), embalei e terminei-o rapidinho, e minha crítica foi melhor para este do que para The Undomestic Goddess. Aqui vou tentar descobrir porque isso ocorreu.
Conheçam o livro:
Nome: The Undomestic Goddess
Autora: Sophie Kinsella.
Sinopse*: Samantha Sweet é uma advogada poderosa em Londres. Trabalha dia e noite, não tem vida social e só se preocupa em ser aceita como a nova sócia do escritório. Ela está acostumada a trabalhar sob pressão, sentindo a adrenalina correr pelas veias. Até que um dia... comete uma grande mancada. Um erro tão gigantesco que pode destruir sua carreira. Samantha desmorona, foge do escritório, entra no primeiro trem que vê e vai parar no meio do nada. Ao pedir informação em uma linda mansão, é confundida com uma candidata a doméstica e lhe oferecem o emprego. Os patrões não fazem idéia de que contrataram uma advogada formada em Cambridge, com QI de 158, e que não tem a menor noção de como ligar um forno! O caos se instala quando Samantha luta com a máquina de lavar... a tábua de passar roupa... e tenta fazer cordon bleu para o jantar... Mas talvez não seja tão incapaz como doméstica quanto imagina. Talvez, com alguma ajuda, ela possa até fingir. Será que seus patrões descobrirão que sua empregada é de fato uma advogada de alto nível? Será que a antiga vida de Samantha irá alcançá-la? E, mesmo se isso acontecer, será que ela vai querer de volta? A história de uma mulher que precisa diminuir o ritmo. Encontrar-se. Apaixonar-se. E descobrir para que serve um ferro de passar...
Editora: Bantam Dell
Comprar: (in) Saraiva - Submarino - Cultura / (br) Saraiva - Submarino - Cultura
Samantha é uma workholic (viciada em trabalho), e seu nível de dependência está em níveis alarmantes: dorme pouquíssimas horas por dia, passa a maior parte de seu tempo em seu local de trabalho e já não faz mais nada que não seja pensar em sua chance de ser sócia da Carter Spink. Por isto que ela se mata de tanto trabalhar. Certo dia, quando ela vai finalmente receber sua resposta, ela descobre que cometeu um erro muito, muito grave, que levou um cliente do escritório a perder 50 milhões de libras.
Desesperada, ela reconhece a gravidade de sua situação e prefere não ficar disponível para escutar as críticas, broncas e comentários: pega um trem e sai de Londres, e vai parar em uma cidadezinha próxima. Sua cabeça estava tão virada que ela mal consegue se orientar, e acaba batendo na porta de uma casa, para pedir um copo de água e uma aspirina.
A dona da casa, Trish, recebe-a prontamente, pensando que ela é uma candidata à vaga de empregada doméstica enviada por uma agência. Samantha é acolhida, medicada, e tenta ir embora, mas a mulher continua pensando que Sam trabalha com serviços domésticos, e insiste em mostrar-lhe a casa. Esta parte tem lá sua comicidade: Trish trata a situação como uma entrevista, e Sam encara tudo como se a outra fosse uma obsecada pela casa e por detalhes relacionados à limpeza - "aqui tem que ser limpo todo dia, lá tem que ser espanado", etc.
No fim das contas Samantha fica na casa, prometendo ser a melhor doméstica do mundo. Ela aceitou o cargo porque, "ah, eles foram tão gentis, e eu preciso mesmo de um lugar pra ficar, por quê não aceitar o quarto que eles me ofereceram, só por esta noite? Amanhã de manhã eu desfaço este mal entendido".
A manhã chega e Sam simplesmente não consegue dizer a verdade a seus novos patrões. E pior: ela não sabe naaaada sobre serviços domésticos. Como proceder?
Bom, vocês podem se arriscar e ir ler para descobrir o que acontece, mas eu passei a ficar com preguiça a partir desta parte: já li outras histórias em que a protagonista começa uma 'mentirinha', e o que ocorre a seguir? Tudo vira uma 'bolha' de neve, que uma hora explode! Ainda assim, a maneira com que tudo é revelado não chega a ser clichê.
Uma coisa que me irritou foram as pontas desamarradas que Sophie Kinsella deixou no romance: personagens apareceram, fizeram sua parte e sumiram, sem ter um final bem definido. Falando nisto, que final foi este?
Não recomendo esta obra; a autora já foi mais feliz em outros livros, como o que eu citei no início o texto. Mesmo com esta pequena decepção, quero ler outros livros dela, e o próximo da lista será, provavelmente, “Remember me?”. No fim do meu paperback tem o primeiro capítulo deste, e achei bem legal. O problema é que foi assim que acabei comprando o The Undomestic Goddess...
*Esta sinopse foi retirada da versão brasileira do livro, já publicado pela Editora Record pelo nome "Samantha Sweeting, Executiva do Lar".
Desesperada, ela reconhece a gravidade de sua situação e prefere não ficar disponível para escutar as críticas, broncas e comentários: pega um trem e sai de Londres, e vai parar em uma cidadezinha próxima. Sua cabeça estava tão virada que ela mal consegue se orientar, e acaba batendo na porta de uma casa, para pedir um copo de água e uma aspirina.
A dona da casa, Trish, recebe-a prontamente, pensando que ela é uma candidata à vaga de empregada doméstica enviada por uma agência. Samantha é acolhida, medicada, e tenta ir embora, mas a mulher continua pensando que Sam trabalha com serviços domésticos, e insiste em mostrar-lhe a casa. Esta parte tem lá sua comicidade: Trish trata a situação como uma entrevista, e Sam encara tudo como se a outra fosse uma obsecada pela casa e por detalhes relacionados à limpeza - "aqui tem que ser limpo todo dia, lá tem que ser espanado", etc.
No fim das contas Samantha fica na casa, prometendo ser a melhor doméstica do mundo. Ela aceitou o cargo porque, "ah, eles foram tão gentis, e eu preciso mesmo de um lugar pra ficar, por quê não aceitar o quarto que eles me ofereceram, só por esta noite? Amanhã de manhã eu desfaço este mal entendido".
A manhã chega e Sam simplesmente não consegue dizer a verdade a seus novos patrões. E pior: ela não sabe naaaada sobre serviços domésticos. Como proceder?
Bom, vocês podem se arriscar e ir ler para descobrir o que acontece, mas eu passei a ficar com preguiça a partir desta parte: já li outras histórias em que a protagonista começa uma 'mentirinha', e o que ocorre a seguir? Tudo vira uma 'bolha' de neve, que uma hora explode! Ainda assim, a maneira com que tudo é revelado não chega a ser clichê.
Uma coisa que me irritou foram as pontas desamarradas que Sophie Kinsella deixou no romance: personagens apareceram, fizeram sua parte e sumiram, sem ter um final bem definido. Falando nisto, que final foi este?
Não recomendo esta obra; a autora já foi mais feliz em outros livros, como o que eu citei no início o texto. Mesmo com esta pequena decepção, quero ler outros livros dela, e o próximo da lista será, provavelmente, “Remember me?”. No fim do meu paperback tem o primeiro capítulo deste, e achei bem legal. O problema é que foi assim que acabei comprando o The Undomestic Goddess...
*Esta sinopse foi retirada da versão brasileira do livro, já publicado pela Editora Record pelo nome "Samantha Sweeting, Executiva do Lar".
Poxa... pela capa e sinopse eu leria com certeza, mas dps da resenha, sei lá, desanimei hehehe
ResponderExcluirComo vc falou, qndo eu for ler algo dessa autora, vou começar por outro ^^
Beijos
Rapha - Doce Encanto
Eu estou com bastante vontade de ler alguma coisa da autora, pelo que você disse esse realmente não parece ser o melhor para começar. Mas se você gostou do outro, deve ser porque esse ela "errou a mão", né? :/ Mas enfim, o enredo até que é convidativo, mas o desfecho, que é a parte mais importante tem que ser bom, né... Parabéns pela resenha sincera. Beijos,
ResponderExcluir@minha_estante - Minha Estante
Já li esse livro e adorei, tanto q qro voltar a lê-lo em breve. Aliás, sou apaixonada pelos livros da Sophie, o único q me falta ler é um q foi lançado agora, FIQUEI COM O SEU NÚMERO. Os outros, todos eu já li, e claro, me apaixonei por cada um deles. O "LEMBRA DE MIM?" eu achei um pouco menos denso, ou seja, não gostei taaaaaaaaanto como todos os outros, assim como "O Segredo de Emma Corrigan", tb achei não mto intenso, mas nada q prejudique a minha boa indicação pra leitura de ambos os livros. Enfim. Ah, e leiam, por favor, LEIAM "Menina de Vinte". É uma graça, é mto fofo. Depois da saga da Becky Bloom, é o meu preferido.
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