domingo, 30 de janeiro de 2011

Knockin’ on Miriam’s door #1

   Minha casa tá longe de ser um paraíso, mas ainda sim eu recebo encomendas! Sempre que eu comprar alguma coisa isso vai vir pra cá.
   E o título é uma clara alusão à música “Knockin' On Heaven's Door”, do Guns N’Roses! Se você não conhece a música, pode vir aqui e ouví-la. É um clássico! Eu tive a ideia porque dia desse tava passando uma versão em português da música no rádio, na voz do Zé Ramalho, que não gostei. E eu estava esperando uma encomenda, então combinou tudo! O cara da encomenda faz “knock knock” na minha porta, entendeu?


   A tal da encomenda era uma série de livros que eu estava de olho a algum tempo, e então, nesse fim de ano, entrou de promoção no Submarino. Esperei que o preço abaixasse, pelo menos depois do Natal, o que não aconteceu. Aqui está ela:

fundo

   O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams! *—*’

 Quando eles chegaram eu fiquei até surpresa, pois os livros são fininhos!

img
Uma coisa me intrigou muito, e chega a ser curioso, pra não falar engraçado: a capa do primeiro livro tem escrito assim:
Aniversário Beatriz 2011 046
Volume Um da Trilogia de Cinco?!
   Junto com essa encomenda veio O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Bronté. Minha mãe que quis, aí eu comprei junto, pra ficar frete grátis. Só não bati foto porque ela já leu e emprestou pra minha tia, mas a versão é a mesma do link acima.

   Beijos!

Book Blogger Hop #1!


É fato que a cada dia surgem mais e mais blogs de livros no Brasil e tem muito blogueiro bom por aí que não é conhecido. Inspiradas pelo Book Blogger Hop que a Jennifer criou no Crazy For Books, e do qual participamos naversão em inglês do site, nós decidimos montar uma versão brasileira. A ideia é mostrar a diversidade de blogs literários que temos no Brasil—e conhecer um pouquinho mais dos blogueiros também. – Murphy’s Library.

E a pergunta desta semana é:
Você tem algum cuidado especial ou mania para guardar seus livros?Tenho cuidado para não deixá-los tortos na estante, para não estragarem a parte de baixo. De vez em quando sou uma limpadinha, pra tirar o pó e eventuais teias de aranha, e quando dá #alok eu invento de pegar todos e limpá-los, um a um.
Eu os organizo por ordem de tamanho, e em livros como das coleções L&PM Pocket, que são do mesmo tamanho, eu vejo o número que vem impresso neles, e ponho em ordem também.

Até a próxima!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Update #2: NOVIDADES + “Esta Semana”!

   Olá queridos leitores e seguidores? Como estão indo? Estamos prestes a completar um mês de blog! E devo dizer que estou feliz com o que consegui até hoje. Foi com esforço e dedicação que estou construindo o blog, e expandindo a cada dia. Até hoje foram 32 seguidores e 27 postagens (quase uma por dia!)
   Então, as novidades são… tchan tchan tchan… (música de suspense)…

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

De volta pra estante #8: O Guia do Mochileiro das Galáxias.

O Guia do Mochileiro das Galáxias é um livro realmente admirável. Há muitos anos que vem sendo escrito e revisto, por muitos redatores diferentes. Contém contribuições fornecidas por inúmeros viajantes e pesquisadores.

   E eis o que é o Guia. Um conjunto de verbetes sobre todos os assuntos. Todos. Do universo inteiro. Imagine a Wikipédia, só que uma versão que engloba todas as Wikipédias de todos os planetas e galáxias. Que tal? Grande, né? Sorte que esses textos estão na versão virtual…

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Nome: O Guia do Mochileiro das Galáxias
Autor: Douglas Adams.
Editora: Sextante.
Sinopse: Considerado um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica, O Guia do Mochileiro das Galáxias vem encantando gerações de leitores ao redor do mundo com seu humor afiado.
   Este é o primeiro título da famosa série escrita por Douglas Adams, que conta as aventuras espaciais do inglês Arthur Dent e de seu amigo Ford Prefect.
   A dupla escapa da destruição da Terra pegando carona numa nave alienígena, graças aos conhecimentos de Prefect, um E.T. que vivia disfarçado de ator desempregado enquanto fazia pesquisa de campo para a nova edição do Guia do Mochileiro das Galáxias, o melhor guia de viagens interplanetário.
   Mestre da sátira, Douglas Adams cria personagens inesquecíveis e situações mirabolantes para debochar da burocracia, dos políticos, da "alta cultura" e de diversas instituições atuais. Seu livro, que trata em última instância da busca do sentido da vida, não só diverte como também faz pensar.

   Primeiro, gostaria de comentar algumas coisas que estavam escritas no prefácio do livro: o autor, Douglas Noel Adams, se considerava o próprio DNA: ora, vejam o que as primeiras letras do nome dele formam. Além disso, ele nasceu nove meses antes do anúncio desta descoberta da ciência. Muito curioso, não?
   O livro conta a história de Ford Prefect, um betelgeusiano que resolveu revisar e aumentar o acervo do Guia do Mochileiro. Para tal ele deve percorrer toda a galáxia, observando todos seus aspectos; desde o comportamento dos seres até sua alimentação. Ele chega na Terra por meio de uma carona, e acaba ficando preso aqui por 15 anos. O cara tem que se acostumar, né? Ele se disfarça de ator desempregado, e acaba achando em Arthur Dent um amigo muito fiel.
   Eis que um dia Ford, com um de seus aparelhos extraterrestres, percebe a chegada de vogons, uns seres muito indesejáveis. Se eles estivessem vindo pra Terra, este seria o fim do planeta, inevitavelmente. E também a chance dele voltar a percorrer o espaço.
   Como um bom amigo, Ford salva Arthur do fim iminente, levando-o consigo pela longa jornada, reescrevendo o Guia do Mochileiro das Galáxias. Muitas, mas muitas, surpresas os aguardam. Afinal, “o espaço é grande. Grande, mesmo. Não dá pra acreditar o quanto ele é desmesuradamente inconcebivelmente estonteantemente grande. Você pode achar que da sua casa até a farmácia é longe, mas isso não é nada em comparação com o espaço.”(introdução do Guia do Mochileiro das Galáxias).
   O que faz deste livro uma leitura tão prazerosa é como ele foi escrito: cheio de sarcasmo e tiradas engraçadíssimas. Críticas sociais disfarçadas é o que não falta. E os comentários a respeito do comportamento humano são imperdíveis!
   Você pode aprender com o Guia também. Já se imaginou viajando com apenas uma mochila nas costas? O que você acha que não pode faltar? Ah, meu caro e minha cara, leiam o livro e descubram, e vejam se o DNA não tem razão…


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Meme literário.


Meme Literário hospedado pelo A Leitora com perguntas quinzenais sobre um assunto ligado ao mundo literário. :) Saiba mais sobre como funciona e como participar. ;)
O tema desta quinzena é sobre adaptações. :)
#5 – Adaptações
1) Qual a melhor adaptação de livro para o cinema?
2) Qual a pior adaptação de livro para o cinema?
3) Você acompanha algum seriado baseado em livros?
4) Qual livro você gostaria de ver nas telinhas?

Minhas respostas:

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Quote, #4.

passado

“ – Só pense no passado quando as lembranças lhe trouxerem prazer.”

Jane Austen – Orgulho e Preconceito.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

De volta pra estante #7: Marley & Eu.

Se pensarmos que somos jovens, então talvez o sejamos, não importa o que diga o passar dos anos.
   Uma vez estava conversando com um amigo, e ele me contou que, uma vez, ao sair do cinema, encontrou um outro grupo de pessoas que também estava saindo, só que de outra sessão. A maioria vinha com cara de choro. Intrigado, ele perguntou que filme que eles estavam vendo, e alguém respondeu: “Marley & Eu”. Aí eu entendi, disse ele. E agora, eu também entendo profundamente.

marley
Nome: Marley & Eu: A vida e o amor ao lado do pior cão do mundo
Autor: John Grogan.
Editora: Ediouro
Sinopse: John e Jenny eram jovens, apaixonados e estavam começando a sua vida juntos, sem grandes preocupações, até ao momento em que levaram para casa Marley, "um bola de pêlo amarelo em forma de cachorro", que, rapidamente, se transformou num labrador enorme e encorpado de 43 quilos.

Era um cão como não havia outro nas redondezas: arrombava portas, esgadanhava paredes, babava nas visitas, comia roupa do varal alheio e abocanhava tudo a que pudesse. De nada lhe valeram os tranqüilizantes receitados pelo veterinário, nem a "escola de boas maneiras", de onde, aliás, foi expulso. Mas, acima de tudo, Marley tinha um coração puro e a sua lealdade era incondicional. Imperdível.
  Eu estava com certo preconceito com o livro, uma vez que todos diziam ser emocionante e tudo mais. Pra mim, isso seria sinônimo de ser piegas. Errei feio.

   John e Jenny Grogan resolvem adotar um filhote de cachorro para ver se conseguem cuidar bem dele. Caso sejam bem sucedidos, esta seria a prova de fogo para terem filhos. Jenny parte para os classificados, e depois de um estudo prévio sobre raças e criadouros, escolhem um filhote de labrador, que viria de um lar que não mexia especificamente com crias de animais (no livro todos os motivos são explicados, tim tim por tim tim). O casal vai ao encontro de seu filhote, e é recebido pela dona deles e pela mamãe, uma labradora linda, educada e amigável. Ao encontrarem os filhotes, um em específico parte para cima deles, brincando, puxando pulseiras de relógios e lambendo as caras. Após fazer um teste, que aprendeu em sua infância, é este o filhote escolhido, até mesmo por um preço mais baixo. John e Jenny, na saída, encontram o pai do bebê: um labrador grande, desengonçado, com comportamento ativo. Mal sabiam eles que Marley – nome escolhido por causa do cantor Bob Marley) herdaria justamente o comportamento do pai.
   O livro é uma história de amor. O tempo todo é sobre a relação do cachorro com as pessoas, e ao mesmo tempo narrando como a vida dos donos dele ia sendo afetada. Para o leitor também tinha importantes dicas sobre como escolher filhotes, os cuidados necessários e tudo mais. Como os Grogan eram pais de primeira viagem, eles tiveram que aprender tudo, e isto nos é passado.
   A sensibilidade da história é imensa. John narra; é uma história verídica, o que talvez passe mais emoção. Não são contadas só as aventuras de Marley. O objetivo desta obra não é transformar o cachorro em um herói, um cão exemplo, nem mesmo divertir o leitor com histórias inventadas sobre um hilariante cão. Ao se tornar real, nos deparamos com uma história que contém todos os elementos: suspense, aventura, drama, comédia… afinal, a vida é feita de momentos, tanto bons quanto ruins.

   Muitos gostam de histórias fantásticas, e se imaginam no lugar dos personagens, vivendo em um mundo paralelo. E quando o texto é verdadeiro? Acredito que sejamos transportados mais facilmente para a Flórida, na casa dos Grogan. É um lugar comum. Quantos já não tiveram animais de estimação, quanto mais cachorros? Ver o que vivemos transposto em palavras, mesmo que com outros personagens, faz com que o leitor sinta uma identificação genuína, e por vezes única, com o texto. As nossas experiências vão nos dar uma interpretação e um sentido diferente das demais, de modo que não haja livros iguais! Cada história lida é única.
   Pode ser tanto Kiara & Eu, Meggie&Eu, quanto Duque&Eu. Este livro é um dos poucos best-sellers que eu olhei e disse: “Esse mereceu tanto sucesso”.
Tch-au-au! Cachorro

domingo, 23 de janeiro de 2011

Makeover,#1: Os Delírios de Consumo de Becky Bloom.

Sempre que puder, irei fazer uma comparação entre um filme e um livro homônimos. Eu só não irei resenhar coisas como Harry Potter ou Crepúsculo. Seria mais do mesmo.
   Ê, começando a seguir a agenda. Mais tarde eu vou atualizar algumas páginas do blog (About me, Agenda de Posts, etc). E esta nova coluna pode mudar de nome… ;P
   Amei os Delírios de Becky Bloom quando vi pela primeira vez. Neeem sabia que tinha um livro, mas logo descobri, quando pesquisei alguns dados do filme pra uma resenha. Depois de certo tempo resolvi ler o primeiro, e acho que não vou resistir aos demais livros da coleção… *3*

sábado, 22 de janeiro de 2011

Update #1!

update   Terceira semana de blog! Bolo de aniversário Até agora temos 19 seguidores. Se você, que visita sempre mas ainda não segue, porque não sabe como fazê-lo, é simples: tenha uma conta no Yahoo, Google ou Twitter e clique em seguir, logo ali, à direita. Vai seguindo as instruções que você consegue.

   Então, neste tempo eu fiz parceria com dois blogs: O Desafio de Cada Dia, da Ana Carolina, que sempre passa por aqui;  e o Geek Things. Sou apaixonada pelo template das meninas, e elas têm assuntos bem variados (nestes dias apareceu até de moda lá!).

   Li alguns livros, e assim que eu termino de lê-los eu já resenho. Tenho textos prontos no meu arquivo, só esperando o dia certo para ir ao ar. Ando cheeeia de ideias nos últimos tempos. Acho bom que o blog se tornou uma válvula de escape para todas elas.

   Começaremos a seguir a agenda, a partir de amanhã. Ain, tô amando isso! Me sinto até mais responsável.

   So, let’s go! A partir de amanhã as coisas começarão a esquentar. See ya! Lábios vermelhos

   PS.: Sempre dou uma passada lá no Twitter. Follow me!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Vontadinha de escrever!

   Sabe quando, do nada, você tem uma ideia pra alguma coisa? Eu tive ideias para histórias; duas. Fiquei bem feliz, porque parece algo promissor.
   Hoje eu estou me sentindo produtiva. Vou botar no papel o que está na minha cabeça há algum tempo. Isso me lembrou de uma imagem que eu achei por aí, justamente sobre escrever e tudo mais. Está em inglês, veja:

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Que tipo de leitor você é?

   Fui conhecer o blog “Apaixonada por Romances” e o post mais recente se referia ao resultado de um quiz, respondido n’O Livreiro. Como não resisto a um teste, e este parecia muito interessante, fui lá responder. O resultado não poderia ter sido mais fidedigno:


quiz o livreiro que tipo de leitor você é

   Gostou? Quer fazer também? O link: http://www.olivreiro.com.br/quiz/ . Está na terceira página, e tem que estar logado no site para responder. Poste o resultado aqui pra eu ver! #curiosa

Beijos!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Tomando jeito…

   Eu estou ficando um pouco… relapsa. Tenho ideias de posts, escrevo e não termino, e então não posto. Prometo que isto vai mudar. A começar pela Agenda de Posts, que eu criei e em nenhum momento segui. Ah, vou ter que fazer algumas alterações na citada página.

   Como podem ver, o template mudou. Talvez eu mude, não estou totalmente satisfeita com ele. Nisso eu estou contando com a ajuda da minha prima Maria Clara, que é artista e tem bastante noção dessas coisas de cores e combinações. Um dia eu ainda convenço ela a escrever pra cá.

   Vou postando aos poucos. A partir de semana que vem eu vou seguir a agenda direitinho. E estrearei as novas colunas. *—* Tá bem legal, eu pelo menos ameei.

   Então, paciência comigo, ok? Beijos.

Garoto paquerando

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

De volta pra estante #6: Orgulho e Preconceito.

“ – Estas são as palavras mais severas – disse Elizabeth – que já ouvi de você. Boa menina!”

Acabei de ler “Orgulho e Preconceito”, de Jane Austen, e devo dizer que estou sem palavras. Me envolvi tanto na história que não esperava que ela tivesse um final. Porém, tudo que é bom um dia acaba...

Nome: Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice).
Autora: Jane Austen.
Editora: Martin Claret (existem outras publicações, no entanto).
Comprar: Saraiva - Submarino - FNAC

   Demorei um pouco pra ler, mas não tem importância. Este livro tem que ser lido calmamente, saboreando as palavras, os lugares e os personagens; cada capítulo se mostrou mais fascinante e envolvente. No final estava tão entretida que queria que continuasse. É tudo muito cativante.

   Vamos à história: a família Bennet é constituída pelo sr. Bennet, um homem crítico, cínico, mas de bom coração, que se entretém com a ignorância de alguns membros da família; pela Sra. Bennet, que é uma senhora resmungona, fútil, frívola, e interesseira; pelas filhas do casal, Jane, uma moça muito bondosa, que é incapaz de pensar mal de alguém, e sempre tem uma explicação para justificar os maus atos das pessoas. Tem uma beleza notável; Elizabeth, a mais inteligente e bem educada entre as filhas, com um Q de beleza; Mary, que, sendo a do meio, tenta se sobrepor às irmãs estudando muito. A menina vive lendo e estudando música, e adora bancar a culta, mesmo falando bobeiras; Catherine, chamada de Kitty, e Lydia, que não são gêmeas mas são muito parecidas: Lydia é toda espevitada, e o retrato da própria mãe quando esta era mais jovem, e Kitty acaba por se deixar influenciar pela irmã mais nova.
   A trama se passa no interior da Inglaterra, e a família e todos seus contatos são todos bem descritos e ambientados, de forma que o leitor passa a se sentir parte de tudo aquilo. A maior preocupação de todos é arrumar maridos para as filhas, sendo que este deve ter uma soma considerável, para trazer regalias à família. Assim, todos na região ficam animados quando um certo jovem, o sr. Bingley, aluga uma das mansões para passar uma temporada. As fofocas logo passam a correr, e assim todos ficam sabendo que ele tem uma boa renda, e o melhor, está solteiro. Ele vem acompanhado por seu grande amigo. sr. Darcy, e pelas irmãs, uma delas com o marido.
   Em um baile, um evento social comum pra época, ele conhece a Srta. Bennet mais velha, Jane, e o interesse parece ser mútuo. Já seu amigo fica o baile inteiro sem tentar estabelecer relações com ninguém, o que lhe dá fama de orgulhoso. Elizabeth até tenta se aproximar dele, mas os comentários que ele faz a respeito dela logo fazem-na desgostar de sua pessoa rapidamente.
   A história vai correndo, e as surpresas vão aparecendo: Elizabeth recebe uma proposta de casamento um tanto quanto inusitada, a Sra. Bennet faz uso de alguns estratagemas para tentar casar as filhas…

   A leitura, mesmo com a linguagem trabalhada, flui bem. Tem-se passagens de sutis ironias que dão leveza à história, e os personagens são tão bem estruturados que eu não duvidaria se me dissessem que foram pessoas reais. Achei um pouco estranho que Jane Austen colocasse em seu texto um personagem com seu nome; todavia acredito que as personalidades sejam diferentes. Jane Bennet é bem inocente, ingênua, pra não falar bobinha. Deve ser um álter ego de Jane Austen… Pois, se fosse escolher ser alguém, preferiria ser Lizzy Bennet.

Depois de leituras, releituras, assistir à adaptações, declaro o livro um dos melhores que já li!

domingo, 16 de janeiro de 2011

De volta pra estante #5: Delírios de Consumo na 5ª Avenida

“Acho que acabei comprando um bocado de malas ultimamente. Mas o negócio é que
durante séculos eu não tive nenhuma, só uma velha bolsa de lona. Então, há alguns
meses, tive uma revelação incrível no meio da Harrods, meio tipo São Paulo no caminho
de Mandalay. Malas. E desde então venho compensando os anos de vacas magras.” 
    Já fiz isso. Compensar o tempo perdido, sabe? Ah, não é tão ruim assim...
   Ok, talvez eu esteja contaminada pelo jeito Becky Bloom de ser. E o fato é que, mesmo depois de se enrascar em dívidas, ela parece que não ficou imune às mesmas; afinal, não é como sarampo, que a gente pega uma vez pra nunca mais. Elas voltam, se você não cuidar. E é isto que acaba acontecendo: Becky fica seduzida pelo seu novo – e gordo – salário, e acaba aumentando seus gastos. Aí já viu, né.

Becky Bloom - delirios de consumo na 5ª avenidaNome: Delírios de Consumo na 5ª Avenida (Shopaholic Takes Manhattan).
Autora: Sophie Kinsella.
Editora: Record.
Comprar: Saraiva - Submarino - FNAC.
   #euconfessoque queria matá-la. DE NOVO A GASTANÇA?! SERÁ QUE ELA NÃO APRENDE? E vem me dizer que ela é ingênua. Ingênua sou eu, de pensar que ela mudaria. Ok, não serei tão dramática, mas sim, ela merecia uns tapas novamente. Suzy pode até tentar controlar os gastos da amiga, mas Becky consegue se safar quando o assunto é compras.

   No início do livro Becky e Luke se transferem para Nova York, porque ele está pra abrir um grande escritório lá e precisa ver os investidores e tudo mais. Imaginem se Becky não gostou? AHAHAH, até eu perderia a cabeça na Barney’s, Sephora e Saks Fifty Avenue. O fato é que eu acabei sendo levada pelo entusiasmo da narradora. Me coloquei no lugar dela, porque um dia ainda eu quero torrar dólares em NYC. Mas depois de um tempo – e gordas gorjetas aos taxistas – , eu acabei caindo na real, e vi antes dela que aquilo não ia acabar bem. Pro meu alívio as gastanças não foram muito longe, pois Becky passa por um furacão, e não se vê no Kansas anymore.

   Finalmente pude entender as alterações que eu pensava que existiam no filme: ele é baseado nas duas primeiras obras de Kinsella. Tudo se encaixa…
   Vou dar mais uma chance à série: se em “As Listas de Casamento de Becky Bloom” encontrar praticamente o mesmo enredo inicial (gasta, gasta e se safa no fim), vou acabar abandonando a série...

sábado, 15 de janeiro de 2011

De volta pra estante #4: Garoto Encontra Garota.

“Desculpem-me pela interrupção, senhoras, mas por acaso não existe uma proibição departamental a respeito de troca de mensagens instantâneas durante o expediente? Sra. Sadler, por favor, traga para mim o formulário azul da nova contratação do departamento de arte. Srta. Mackenzie, preciso falar com você na minha sala imediatamente.”
   #euconfessoque já fiz isso. Quero dizer, passar mensagens instantâneas durante o trabalho. Ah, qual é, isso é o que me tirava do tédio. E me dava aquela emoção do perigo! Hahaha!
   Bom, Kathleen Mackenzie não pode – em tese – fazer isso durante o expediente. Mas como regras são feitas para serem quebradas, Kate e sua best friend Jen se comunicam tanto por MSN (ou qualquer outro programa de mensagens instantâneas que eles usam lá) e por e-mails também. Bom pro leitor, porque isso é que nos informa do que se passa entre elas…


Nome: Garoto Encontra Garota (Boy Meets Girl);
Autora: Meg Cabot;
Editora: Record;
Comprar: Saraiva - Submarino - FNAC.
   Meg conseguiu me convencer. Finalmente não achei que a história era muito surreal, ou que tudo dava errado de propósito pra protagonista, só pra ter o que contar. O livro todo é um conjunto de e-mails, mensagens instantâneas, bilhetes, recados de telefone… e até receitas. Devo admitir que a autora teve que dar uma forçada na barra para que o livro ficasse só nisso, colocando coisas nos e-mails que pessoas normais não colocariam. Fora essa forçação de barra, eu li o livro inteiro em meio dia… É bem tranquilo, você rapidamente lê os e-mails/passagens do diário de Kate.
   Quem leu “O Garoto da Casa ao Lado” vai perceber muitas correspondências entre as obras. Vou explicar que relações um tem com o outro, mas cuidado para não se perder…
(e viva o Paint!)
meg q
   Kate e Jen são bff’s, assim como Mel e Nad, do primeiro livro. As meninas de rosa trabalham no RH, e as de roxinho e a Dolly são repórteres. Amy é quase que a chefa delas; é a diretora do RH. As do triângulo são funcionárias do The New York Journal. No losango vemos alguns membros da família Trent: Jason e John, que são irmãos e também aparecem no primeiro livro. No retângulo está a família Hertzog. Arthur e Margareth são os pais, e os demais são os filhos. Já conhecemos Stacy do primeiro livro: ela estava grávida na época. As bolinhas coloridas indicam relacionamentos: John e Mel, que por acaso já têm um filho e ela está grávida de outro; Jason e Stacy; e Stuart e Amy.

   Meg continua a escrever no ambiente do NY Journal, mas agora com o foco em outra seção, e com outra trama: Arthur se vê ofendido por uma funcionária muito popular da empresa, porque ela não vai com a cara dele. Ele, então, pede a sua namorada que a demita. Amy usa o fato de que ele é um dos advogados da empresa (assim como Mitchell) e força sua demissão. Kate é a encarregada do serviço. Ida – o nome da funcionária – é de fato demitida, mas ela faz parte de um sindicato, e entra com um processo contra o jornal. Amy e Kate, então, se veem envolvidas com a justiça. Mitchell é o advogado que cuida do caso, uma vez que seu irmão está envolvido pessoalmente, tanto com o namoro com Amy quanto por ter sido o causador da demissão.

   Para os leitores d’O Garoto da Casa ao Lado, uma felicidade: Dolly não é tão bitch como antes, e chega a se mostrar simpática. E se Stacy era impossível ao conversar com o cunhado, John… Imagine com seus irmãos problemáticos!
   É extremamente engraçado e vale a leitura! A diva Meg não decepciona!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Tagged!


   Fui indicada pelo Dieison, do Aviador Read, a participar desta brincadeira! É bem divertida, a gente pode se conhecer um pouco mais. E a brincadeira foi criada pela Viviane Fair, do blog Recanto da Chefa. Vamos começar, então!

Meme Expectativas Literárias!

meme 1
   Fui indicada pelas meninas do Geek Things! Se você não conhece, passa por lá, é bem legal! *-*’ E o meme foi criado pela Nat Puga.
Então, vamos ao primeiro meme do ano!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Quote, #3.

 

quote 3

 

" - Você não é bonita, Florence - ela me informou, e dentro de mim uma pomba branca agitou-se e caiu morta no chão. - Mas você tem certo encanto que é muito mais importante que a mera beleza."

John Harding – A Menina que não Sabia Ler

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A revolta da gelatina

   Gosto muito de esmaltes e coisas relacionadas, ou seja, pintar unhas e vê-las lindonas nas minhas mãos. Acho que são um detalhe que salta aos olhos. Para melhorar minha prática eu acompanho sites do assunto, que de vez em quando dão dicas de como fazer a unha ficar mais forte, crescer mais, etc. Em um desses textos, uma vez, foi citado o consumo de gelatinas. Se você comer faz bem pra saúde, por causa do colágeno. Beleza, um dia vou fazer. É tão fácil, né? Pra quem não sabe, pra fazer gelatina você tem que ferver um copo americano de água (250 ml) e, na água fervente, despejar o conteúdo de um pacote de gelatina. Dissolve o pó e coloca mais 250 ml de água fria, mistura e distribui o conteúdo em tigelinhas e coloca na geladeira. Depois de um tempo ela endurece e tá pronto, voilà.
gelatina
Móle, móooóle...
   Fui eu fazer a tal da gelatina. Era mais fácil do que eu me lembrava. Coloquei em copos descartáveis, e deu uma boa quantidade. Ia ficar pronto só a noite, e neste dia eu tinha que ir a um jantar, que era na casa da minha madrinha. Ela acabou me convidando pra passar a noite, e eu dormi lá. E as gelatinas ficaram em casa.
   No dia seguinte eu fui pra casa no fim da tarde. Não tinha me lembrado ainda delas. Quando fui atrás das benditas, achei 2 na geladeira. 2. Que coisa. Não acredito que comeram todas as outras. Não é possível. Se bem que, na verdade, eram 3: eu coloquei uma no congelador, pra ver se endurecia mais rápido, e deixei lá. Está lá até o presente momento.
   Depois de brigar com o povo, por causa do desaparecimento das gelatinas, fui comer uma das que sobraram, mas revoltada. Arre, eu fiz e não ia comer? Humpf.
Valeu, Royal, you guys broken my heart...
Ê povo da Royal, magoei.
   Esta gelatina tinha o meu sabor preferido: cereja. E era da Royal (que tem o Bocão, aquela gelatina vermelha gigante). Coloquei a primeira colher na boca e senti um gosto estranho. Era como se estivesse ingerindo muitos conservantes e tudo mais de coisas artificiais. Hei, pensei, isso era pra ser uma gelatina gostosa, de cereja. Irritado Cadê o sabor bom? Era mais ácido, deixava um rastro de química pela garganta. Não consegui terminar, afinal. Deixei metadinha pra terminar depois.
   E depois, minha língua estava MUITO rosa. Muito mesmo. Queria só ver aquele corante todo sair. Eca.
   Olhando no rótulo, percebo o quanto gelatinas não fazem tão bem assim: em uma colher de sopa encontramos 4% do sódio recomendado para o consumo diário. Eu comi… algumas destas porções. Pelo menos 1/5 do sódio foi ingerido só naquela metade de gelatina. (Estou num combate ao sódio tremendo. Sério, não comam miojo sem consultar o rótulo antes. Quase morri quando vi. Leia isso aqui se quiser saber mais sobre o assunto; pode pular pra parte “Por que exagerar no sódio faz mal?”)
   Então, depois de tanta sede por gelatina, me decepcionei muuuuuito. E eu pensando que havia menos coisas “do mal” na gelatina Royal, porque antes vinha numa caixinha, e o saquinho era bem gordinho; agora a gelatina tá vindo em saquinhos que nem os de suco industrializados.
   Não queria, mas acho que vou ser forçada a me separar deste alimento. Ah, qual é, gelatina é divertida! Ela é molenga, gelada, e engraçada. Mas quase deu pra ela me conquistar. Não foi desta vez. Coração partido

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

De volta pra estante #3: Os Delírios de Consumo de Becky Bloom.

Nome: Os Delírios de Consumo de Becky Bloom (Confessions of a Shopaholic).
Autora: Sophie Kinsella.
Editora: Record.
Comprar: Submarino - Saraiva - FNAC
"É um sonho transformado em realidade. Óculos escuros NK Malone. Mal consigo acreditar. E três pares! Nunca mais vou precisar comprar óculos escuros. As pessoas vão me chamar de 'A Garota dos Óculos Escuros NK Malone'. (E aqueles Armani, que comprei no ano passado, já estão ultrapassados agora. Totalmente fora de moda.) Ah, trata-se de um ótimo investimento."

   Becky simplesmente é uma shopaholic, ou seja, uma viciada em compras. A pessoa é realmente doente; eu fiquei com tanta raiva, que deu vontade de entrar na história e dar uns tapas na cara dela, bater a cabeça no chão, e chamá-la para a realidade...

   Ela começa a história com dívidas, e já tem convivido com elas a um bom tempo. Até criou um sistema pra não se preocupar muito, ou se deixar abalar, que consiste em: 1- “Se eu não ver, não existe.” Isso se aplica às cartas de cobrança que ela recebe dos bancos e lojas. Ela esconde-as na gaveta de sua escrivaninha e nunca mais encosta nelas. 2-“Eu não existo.” Isso é mais para os telefonemas que ela recebe de tais instituições; ela nunca poderá atender, porque está doente, ou está com a tia doente no hospital, ou seja lá o que for. Mesmo assim, ela não desiste/resiste. As vitrines gritam mais forte do que a culpa.

   Nós, leitores, entramos em sua vida neste momento de endividamento contínuo. Becky, então, vai narrando sua vida, a partir de seu ponto de vista. Ela procura se livrar das dívidas, afinal, não é confortável ter sempre alguém no seu pé te cobrando. E é esta luta interna e com o mundo, para pagar as contas e finalmente ser uma profissional bem sucedida, como todos acham que ela é, que nos é mostrado no livro.

   Como em todo chick-lit que se preze, tem a moça que a protagonista não gosta, o cara bonitão, melhor amiga e a família, tudo no contexto agitado de Londres  –  do qual eu faria parte, se pudesse
 –  regado a café e brownies. Um ponto legal no livro são os textos em finlandês, que são enviados de vez em quando à Becky. Se você ler em finlandês, ótimo, se não… procure alguém que possa fazer isso pra você! Eles são apenas um recurso humorístico utilizado pela autora, não chegamos a perder alguma coisa significativa com ele.

   Achei o filme melhor (e ele é um dos meus preferidos!). Eles mudaram a característica de alguns personagens, mas a essência é a mesma.


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Dia do leitor!

Êeee, parabéns pra geeente!

Fui indicada pela Ana Carolina, do blog O Desafio de Cada Dia, pra receber meu primeiro selo no blog! As regras são: linkar a pessoa que te indicou (aí em cima, ó) e responder a estas seguintes perguntas:

1) Quando e como se tornou um leitor?

Eu me tornei leitora a partir do momento em que aprendi a ler. Acho que de 5 pra 6 anos. Na minha escola tinha muito incentivo a leitura, e em casa também haviam várias coisas ao meu alcance. Foi assim: lia placas, anúncios, rótulos, além dos livros.

2) Lembra do primeiro livro? Se sim, diga qual.

Não lembro do primeeeeiro. Mas uma das primeiras coleções foi a Coleção Gato e Rato. Desses eu lembro mesmo.

3) Como todo dia é dia do leitor, quanto tempo de leitura diária? Quando e onde costuma ler?

O tempo de leitura diária varia. Eu posso passar o dia inteiro lendo, ou então não abrir o livro em questão. Simplesmente depende do livro, do que eu tenho que fazer no dia…

Costumo ler na minha cama, na mesa do computador e se eu saio, leio no ônibus, na sala de espera do dentista…

4) Leitura do momento?

Orgulho e Preconceito, de Jane Austen. Já tinha lido mais da metade, mas tive que abandonar o livro por causa da escola. Agora recomecei do zero, e continua sendo como se fosse a primeira vez!

Vou indicar agora 7 blogs pra ganhar o selo também! Este é um dos critérios, além disso:

By the Way, Dude!

Geek Things

*Portal dos Livros*

Starbucks and Books

Open Mind

No mundo dos livros

Bedshaped.

   Êeee gente! Vamos continuar viajando MUITO nos livros!

meme

Quote, #2.

Mulher sem amor, flor sem sol

   Print do filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”. Recomendo, mesmo.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

De volta pra estante #2: A menina que não sabia ler

Nome: A menina que não sabia ler (Florence and Giles)
Autor: John Harding
Editora: Leya
Comprar: Submarino - Saraiva - FNAC.
 "Meu tio havia dado ordens estritas para me analfabetizarem; ele não ficaria satisfeito ao encontrar minha caligrafia entre sua correspondência da manhã."


   Este trecho do livro define bem o que se passa na vida de Florence, uma garota órfã, que mora as custas do tio em uma velha mansão no interior da Nova Inglaterra (atual Estados Unidos). Seu tio toma conta dela e de seu irmão, Giles, simplesmente por obrigação, uma vez que ele é o único parente vivo mais próximo das crianças. Seu senso de responsabilidade e comprometimento passa longe; ele vive bem distante da casa, e prefere não ser incomodado de maneira alguma pelos assuntos dali. As crianças têm uma governanta, a Sra. Grouse, e mais três empregados em casa. Vivem livres e soltos.

   O livro é dividido em duas partes: na primeira é feita toda a apresentação dos elementos – personagens, cenário, etc. A divisão é feita quando acontece um fato que altera todo o curso da história: a preceptora (um tipo de professora) morre, e outra é contratada.

   Como acontece em muitos casos, o título aqui não tem nada a ver com o em inglês. Acredito que seja porque é preciso fazer alguma adaptação, para fazer o livro ficar interessante e convidativo. Na minha opinião, o nome em inglês tem mais a ver com a história, já que a mesma é narrada por Florence, que conta um pedaço de sua infância com Giles. Ficou parecendo com “A menina que roubava livros”, mesmo que ambas as obras sejam de editoras diferentes. (ou seja: golpe de marketing. Eu mesma fui seduzida por isso)

   Florence, a narradora, tenta manter uma cronologia na narração dos fatos, mas como ela conta algo que já viveu, acaba soltando alguns spoilers durante o texto. Nada que prejudique a leitura ou interfira no clima de suspense que paira sob a história o tempo todo. Enquanto eu lia, era criada uma atmosfera de tensão: a mansão Blithe é grande e rústica, com muitos quartos e salas, mas apenas seis pessoas para habitá-la. Histórias de fantasmas é o que não falta sobre o lugar. Como se passa no séc. 19, a iluminação é a base de velas. A localização da mansão é no meio do campo, a uns 16 km da cidade. O silêncio, então, reina em absoluto, mesmo quando as crianças correm e gritam durante suas brincadeiras.

   A tensão também é criada pelos mistérios que ali existem. Florence não pode aprender a ler, porque seu tio é contra; ela pouco sabe sobre seus pais, a não ser as circunstâncias de suas mortes; a nova preceptora tem um quê de estranho: seu comportamento é suspeito, pelo menos para Florence.

   O bom deste suspense é que algumas respostas vão sendo dadas ao longo do livro; não é preciso aguardar até o final, até porque o mesmo tem muito mais coisas pra mostrar. Eu fiquei muito apreensiva com o desfecho: do nada acontece uma reviravolta, que estranhei, à princípio. Esperei que fosse apenas um sonho ou a imaginação... e a última página chega mantendo o curso dos fatos.

   A única coisa que não gostei foi que o autor deixou pontas desamarradas; algumas coisas não foram devidamente explicadas. Além do final... esquisito, essa inconclusão tirou pontos da obra. De maneira geral, eu gostei. Mas a melhor maneira de apreciar este livro é sem criar expectativas.

Quote, #1

   Quote significa “citar”. Neste espaço colocarei trechos de livros, filmes e músicas, tanto por serem engraçados, quanto por fazerem refletir. Enjoy it!

perigo 1

" - Correr perigo já se tornou um hábito para mim. Não, não direi um hábito. Na verdade, é um vício. É como um narcótico. Como aquela pitadinha de heroína que os viciados têm de tomar com certa frequência para que a vida lhes pareça alegre e digna de ser vivida. É, é isso mesmo. É a minha desgraça... ou não, quem sabe? Nunca consumi drogas... nunca precisei delas. Meu vício é o perigo. (...)"

Agatha Christie - O caso do hotel Bertram.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

De volta pra estante #1: Crônicas para jovens: de amor e amizade

   Gosto muito do estilo de escrita de Clarice Lispector. Ela diz as coisas de forma direta, sem muitos rodeios, algo cru, que vem e te atinge. Não tenho preguiça de ler o que ela escreve, mas em alguns momentos ela reflete de maneira tão complexa que eu tenho que parar, ler de novo e analisar. Talvez seja por isso que minha mãe acha que sou nova pra ler Clarice… :D

cl amor e amzade

Nome: Crônicas para Jovens – De Amor e Amizade.
Autora: Clarice Lispector.
Editora: Rocco.
Comprar: Leitura - Saraiva - FNAC


   Este livro surgiu da reunião de crônicas e contos publicados pela autora, tanto em seus livros quando em sua coluna no Jornal do Brasil, durante o período de agosto de 1967 e dezembro de 1974. É interessante observar uma ordem cronológica estabelecida pelos organizadores da obra; como se tratavam de publicações em um jornal, pode-se observar que Clarice escreve uma coisa e em outro texto ela retoma algum elemento da história anterior.
   O livro é bem dinâmico. Os diferentes gêneros nele reunidos dão certa fluência para quem está lendo: imagine que você terminou de ler uma crônica, bem trabalhada e em alguns momentos complexa. Eu precisaria de um break para continuar no livro; em alguns momentos não é preciso: logo em seguida há uma história curta, com apenas algumas linhas, e com um teor irônico. Problema resolvido.

   O livro tem temas pré-estabelecidos (amor e amizade). Isso não impede que os textos sejam bem variados. Ressalto aqui alguns que me chamaram a atenção:

Uma revolta: o narrador se mostra, em apenas cinco linhas, indignado com o amor: quando este é em grandes proporções, é inútil, porque a pessoa para quem o sentimento é direcionado não é capaz de “absorver” tanto, de modo que parte é desperdiçado. A conclusão, então, é que tem-se que ter bom-senso e ser comedido na hora de dedicar tal atenção. A revolta parte justamente desta necessidade de “bons modos” quando se trata de sentimentos; afinal, deveria ser algo espontâneo, livre, e o que se percebe é este limite, inconscientemente estabelecido.

Ao que leva o amor: cito esse por ser um contraponto para as redes sociais atuais: é comum vermos no Orkut ou Tumblr aqueles diálogos como: “Ele: Você me ama? Ela: Sim, te amo muito. Ele: Não, te amo mais”, e por aí vai, sem fim. Alguns acabam em tragédia (uma falta de imaginação sem tamanho; vão ler Romeu e Julieta galera!). O diálogo criado por Clarice não chega a enunciar os sujeitos, simplesmente transcreve a conversa, que por fim é o reconhecimento do amor entre um casal. Quando compreendi as entrelinhas, eu que me emocionei e me diminui frente a tanto sentimento exposto em seis falas. É simplesmente sublime.

O primeiro beijo: eu já tinha lido este conto em outro livro que tenho de Clarice. É um dos meus preferidos, de longe: um menino tem uma conversa com sua primeira namorada, que pede que o amado diga pra ela quem foi a primeira mulher que ele beijou. Ele passa a lembrar, então, da situação. As circunstâncias do ato, e até as passagens sugestivas do narrador, são imperdíveis. Acho que a partir desta leitura me tornei uma legítima “clariceana”.

Liberdade: é uma historinha que narra o nível de sinceridade que um relacionamento atingiu. Penso que este é o mais difícil e trabalhoso degrau a se alcançar numa amizade, uma vez que o ser humano é um bicho de difícil trato: uma amiga liga pra outra. Essa outra diz que não está com vontade de falar. A primeira vai e desliga, então, e vai fazer outra coisa. Será que teríamos a mesma reação? Ficaríamos insistindo, guardaríamos rancor ou apenas entenderíamos o outro?

   Tinha muitos outros pra comentar, mas já me fiz entender: esse livro é muito bom. Tem-se que ter um pouco de bagagem pra lê-lo, e vontade de compreender. Tanto jovens como adultos apreciarão estes textos, cada um de sua maneira; são histórias para se ler uma, duas, três vezes, ou mais. E tem um preço bem acessível.
   Quem sabe você, que nunca enfrentou um livro lispectoriano, não se encante pelo estilo da autora?

   Ainda é possível conhecer outros da mesma coleção – De Escrita e Vida e Do Rio de Janeiro e Seus Personagens.

Desafio de férias, yes!

   Finalmente! Depois de tanta indecisão acerca do template/nome do blog, acho que vai ficar assim mesmo. Gostei de ambos. Desta forma, vamos ao que interessa:
   Eu estou participando do Desafio de Férias, promovido pelo blog “Garota It”, que consiste em resenhar pelo menos dois livros por mês. Outra regra do desafio é postar uma lista dos livros que eu pretendo ler durante o período de férias – que vai de dezembro a fevereiro. Esta lista, no entanto, pode mudar; a minha mesmo já sofreu alterações. Então, aqui vai uma lista atualizada. Caso queira dar uma olhada, pode ver aqui.
1. O Garoto da Casa ao Lado – Meg Cabot (Lido)
2. Garoto Encontra Garota – Meg Cabot (Lendo)
3. Can You Keep a Secret? – Sophie Kinsella (Lido)
4. A Bela e a Fera – Clarice Lispector
5. Crônicas Para Jovens – De Amor e Amizade – Clarice Lispector (Lido)
6. Poemas Completos de Alberto Caeiro – Fernando Pessoa
7. Orgulho e Preconceito – Jane Austen (Lendo)
8. A Menina que Roubava Livros – Markus Zusak
9. O Caso do Hotel Bertram – Agatha Christie (Lido)
10. O Misterioso Caso de Styles – Agatha Christie (Lido)
11. A Menina que não Sabia Ler – John Harding 
12. A Cabana – William P. Young
13. O Guia do Mochileiro das Galáxias – Douglas N. Adams
14. O Restaurante no Fim do Universo – Douglas N. Adams
15. A Vida, o Universo e Tudo Mais – Douglas N. Adams
16. Até Logo, e Obrigado pelos Peixes – Douglas N. Adams
17. Praticamente Inofensiva – Douglas N. Adams
18. Todo Garoto Tem – Meg Cabot
19. Sementes de uma Nova Geração: PHN – Dunga
20. Santos de Calça Jeans – Adriano Gonçalves
21. As Chaves do Reino: Sr. Segunda Feira – Garth Nix
    Comprei mais alguns, me interessei por outros, e é capaz da lista aumentar. Por enquanto é isto. Besos!
desafio

sábado, 1 de janeiro de 2011

De mudança

Só pra avisar que estou arrumando o blog. Recebi sugestões sobre o template, e é capaz de até o nome mudar. Então não estranhem qualquer coisa.
Beijos.

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