quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

De volta pra estante #46: Sabor de Sangue e Chocolate.


O beijo surgiu após o alimento, como os dois ansiavam. E tinha sabor de sangue e chocolate.
Capa do livro Nome: Sabor de Sangue e Chocolate
Autora: Helena Gomes
Sinopse: É apenas mais um dia no colégio e na vida de um dos alunos, Alex. Tudo promete ser como sempre até que um assalto provoca no adolescente de 17 anos uma reação inesperada. Com ela, vem à tona uma insana vontade de beber sangue. Desesperado, Alex acredita que está enlouquecendo. E a situação só piora quando a mãe o obriga a viajar para Nova Guanaja, uma cidadezinha próxima a Gramado e Canela, no Rio Grande do Sul. Lá, ele fica hospedado na casa de Miranda, dona da melhor chocolateria da cidade. A tranquilidade do lugar, porém, logo deixa de existir. Um rapaz é decapitado numa das praças da cidade. Uma jovem tem todo o sangue extraído de seu corpo. E novas mortes ocorrem sem que ninguém possa impedi-las. Alex acaba preso a uma trama cheia de mistérios e perigos, tecida por uma bruxa que não medirá esforços para saciar sua ambição. Nem que isto signifique atrair para Nova Guanaja a mais terrível das criaturas.
Editora: Escrita Fina.
Comprar: SaraivaLivraria da TravessaCultura


   Tudo o que eu sabia sobre o livro eu tinha lido aqui. Era pouco, no entanto, por isto a leitura foi se desenrolando com um suspense a mais.
   A primeira vista, o livro é muito bonito. Ele tem um ar gótico que me conquistou de pronto! Sou fã de Álvares de Azevedo e toda aquela atmosfera de amor e morte.

  O livro começa com Alexander, chamado apenas como Alex, lidando com mais um dia comum e enfadonho em sua vida: acordar, se arrumar, comer alguma coisa e ir para a escola com seu irmão mais novo, Gabriel. O garoto não é uma pessoa feliz: seus pais claramente preferem o caçula, a mãe sempre coloca a culpa de tudo em cima dele e o pai é omisso. Quando a situação fica difícil, ele coloca os fones de ouvido e escuta música no volume máximo, tentando fugir da situação ao redor – e de si mesmo.
   Ao ser deixado na escola por seu motorista, Brandão, ele presencia um assalto, e acaba salvando o irmão de uma bala disparada. Alex não sabe como, mas viu o momento em que o bandido atirou, e conseguiu ser rápido o suficiente para impedir um desastre.
   Passar por algo como isto não é fácil, e a vida fica pior com a possibilidade de não ser filho de seus pais (uma aula de Genética apresentou a probabilidade de um filho de pais de olhos azuis ter olhos pretos) e com a aparição de uma garota que todos pareciam conhecer, exceto ele. E o que dizer do ataque instintivo à mesma, quando viu seu sangue?
    Tudo isto parece demais para Alex, e Brandão se propõe a levar o menino consigo para uma viagem até o interior do Rio Grande do Sul, para que ele descansasse enquando o senhor cuidava de problemas familiares. Mal sabe Alex que ele estará indo de encontro à sua verdadeira natureza, e ele encontrará respostas que preferiria não conhecer.
   Há várias personagens interessantes: Miranda, ex-mulher de Brandão, é uma chocolateira famosa na cidade, e tem aquele ar de vovó compreensiva e gente boa. Ela tem o coração tão grande, que ajuda as pessoas e recebe em troca a satisfação em ver o outro feliz. Já Cláudia, sua neta, e Manuela, uma amiga, são fãs de Crepúsculo e tudo que tem a ver com vampiros. A coisa que mais querem na vida é um vampiro de verdade! Será que isto é possível?
  
   A obra é de suspense/fantasia, e lida com o sobrenatural. A inserção dos mitos é tão progressiva que acaba por ser bastante convincente. Cada mistério do livro tem um porquê, é tudo interligado! Ah, como deve ser. O cuidado com os detalhes foi o que mais me agradou na história.

   Para dar oportunidade para vocês conhecerem o livro, vou sortear o livreto com o primeiro capítulo e alguns marcadores sortidos entre os comentaristas desta resenha. Basta seguir o blog e deixar sua opinião aí embaixo! O resultado sai no dia 10 de março.


*Livro recebido para resenha.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

De volta pra estante #45 : Coletânea de Contos

Capa do livro 'Coletânea de Contos' Nome: Coletânea de Contos
Autor: Caio Thomaz
Sinopse: Este livro não é novo. Ele já existia em sua memória e você não tinha se dado conta. As palavras serão seu guia para a construção de dez histórias fantásticas. Ele lhe mostrará por que cinco jovens ousados sofreram numa casa capaz de realizar seus desejos. Demonstrará do que uma bruxa realmente é capaz. Talvez lhe ensine como ressuscitar um Imperador. Vai lhe ensinar que certas histórias não devem ser contadas sem castigo. Fará com que volte a ter medo de bonecas de porcelana e manequins gélidos, usados como provas de entrega e devoção, assim como de raiva e de destruição. Contará cada detalhe no caso do desaparecimento de uma sábia madame do seu vilarejo, e do fatídico dia em que o Anjo caiu na Terra Sem Nome. Superstições podem ser mortais, tanto para quem acredita, quanto para os incrédulos. Há sempre consequências. Coletânea de Contos explicará por que criaturas simplesmente desaparecem, e outras que só querem aparecer.
Editora: Novo Século (selo Novos Talentos da Literatura Brasileira)
Comprar: SaraivaCulturaSite da editora

   Quando mais nova, eu tinha o costume de ler vários livros de contos, de diferentes temas: alguém aí chegou a conhecer a coleção As Sete Faces (dos Contos de Fada, da Fantasia, etc)? Em seguida passei para os contos de Lygia Fagundes Telles (super recomentdo o livro “Pomba Enamorada”), e passei a ficar mais seletiva nas coletâneas que vinham pras minhas mãos.
   Gosto deste tipo de leitura porque te permite mergulhar em um universo e sair dele em poucas páginas; por serem breves, não nos consomem muito, mas se bem escritos, vão embora deixando muitas ideias para trás. É o que posso dizer de vários contos da coletânea hoje resenhada: os mais notáveis começam sem muitas perspectivas, sofrem uma grande reviravolta e vão embora deixando cenas muito bem (d)escritas na sua cabeça.
   Sempre fiquei impressionado em como ela desprezava maquiagem. Para ela, as ruas eram circos onde vagavam palhaços tristonhos. As pinturas faciais disfarçavam emoções, cobriam as rugas, as tintas retardavam os grisalhos e os batons descoloriam os beiços. É como tentar segurar o tempo, e, como sabem, senhores, o tempo é substantivo abstrato e veloz.
  No geral, os contos seguem o gênero Estranho, no qual situações fantásticas ocorrem e há o espanto por parte dos personagens (diferente dos contos de Murilo Rubião, que é caracterizado como Absurdo – as situações fora do comum são tratadas com naturalidade. Ainda assim, ambos são Fantásticos.). As histórias são independentes, e por isto não posso dar um resumo do livro em geral. Por isto, destaquei a seguir alguns dos contos que mais marcaram:

As Bonecas da Senzala: o narrador-personagem nos conta a história de sua casa, que era “bem assombrada pelo mal”. Quando criança, viveu com os pais em uma antiga casa colonial, que era alvo de lendas diversas. A verdade ele ficou sabendo por meio da governanta da casa, Serena, que lhe contou a história das bonecas da senzala. O garoto passou a noite em claro… e o que poderia ter sido apenas um pesadelo se tornou realidade.
   Eu amo contos de terror. Eles trazem o tipo de sentimento que não dá pra descrever, porque cada um lê e imagina de uma maneira... E reage diferente dos demais. É melhor do que um filme do gênero justamente por esta liberdade; e cada um constrói a emoção de acordo com seus receios (e eu sempre posso tirar os olhos do livro quando a situação estiver muito tensa. No filme, até dar pause já é tarde demais!).

O Velho e a Ave: havia um sujeito que era um incrédulo fervoroso: se recusava a acreditar em qualquer tipo de manifestação ‘sobrenatural’, de religiões a horóscopo. Ele também era muito antissocial. Um dia, essas duas coisas que ele evita se encontram, e vêm ao seu encontro: no seu caminho habitual para o trabalho, o vizinho está conversando com um velho, que distribui papéis com a ‘sorte do dia’. O freguês para, o velho cutuca sua ave de estimação e ela retira um papel. Temendo ser muito grosso com o vizinho, que afinal nunca tinha lhe feito nada de mais, o nosso sujeito se detem para uma conversa breve, e acaba saindo de lá com um papel do tal velho – cortesia do vizinho. Apesar de não acreditar, o que estava escrito de prova verdadeiro, e então se inicia uma corrida para lutar contra o destino reservado pelo velho e a ave.
   Este conto é muito interessante, por trazer esta discussão do determinismo. Eu sou do time que acha que horóscopo é um jogo de estatísticas, que ter mais efeito no psicológico da pessoa do que no cosmo. E o final é tão irônico, que vale a leitura!

   A diagramação do livro é simples; gostei do título em uma folha separada, destacado: é possível refletir um pouco sobre o que a história pode trazer, antes de ser envolvido pela mesma.

   Fãs de contos: se joguem. Quem não tiver o hábito: tá esperando o quê pra começar?
   Por fim, já que eu falei do lado bom destes textos, preciso comentar que às vezes fico chateada por serem tão curtos… ;)


*Livro recebido para resenha.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Obliviate? Nem pensar!

   Certo, Harry Potter acabou. Ainda é difícil de lidar, e eu me pego constantemente com vontade de reler os livros, o que não faço só por causa do tamanho atual da pilha dos 'sem ler'. Como a série virou uma franquia, não é difícil encontrar referências a ela por aí, e também mais material produzido, geralmente fan made (feito por fãs).
   Num dia triste (provavelmente um domingo), meu amigo Lucas me mandou um vídeo pelo Facebook, e o efeito não podia ser mais animador: se trata de uma paródia de uma música top top das baladas atuais, e com os temas hogwartianos. Confira:

   Não me canso de ouvir.

   Pelo Youtube encontramos muitas outras paródias com base no mundo mágico criado por J. K. Rowling in the deep. Uma dica pro Carnaval, que tá chegando, é fazer uma balada temática. Músicas não vão faltar... ;)

*Pra quem realmente se esqueceu, Obliviate é um feitiço usado para apagar a memória, eternizado quando o professor Lockhart usou contra o Ron, e o feitiço virou contra o feiticeiro, em Harry Potter e a Câmara Secreta...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O mês que passou…: Janeiro/2012.

Esta coluna foi inspirada no blog Garota Que Lê, que por sua vez se inspirou no blog da Audrey, e que eu vi no blog da Kellen. ;D Aqui será recapitulado o que se passou no blog durante este mês!


Lidos em Janeiro:
Hamlet, de Shakespeare;
The Phantom of the Opera, Gaston Leroux;
Pequena Abelha, Chris Cleave
A Última Música, Nicholas Sparks;
Bela Maldade, Rebecca James;
Confessions, Kate Brian;
Podemos Dizer Adeus Mais de Uma Vez, David Servan-Schreiber.

Resenha de Janeiro:
Hamlet, de Shakespeare.

Pensamentos:
Parece que a meta de 52 livros lidos no ano vai ser alcançada rapidinho…


Livro favorito de Janeiro:
Confessions; ele é o quarto livro de uma série longa, e já trouxe resposta pra vários pontos da trama. Fiquei bastante agradecida por isto!

Feitos do mês:
Arrancar os quatro cisos de uma vez só e sobreviver sem muito drama;
Passar no SiSU pra Ciências Biológicas, na UFG.

Goodbye Janeiro!
Mês de férias, tranquilo – até demais. Pode ir embora colega, que o ano me reserva coisas melhores!

Hello, Fevereiro!
Começar a ralação! Voltar a estudar, procurar alguma coisa pra ganhar dinheiro… Vou ter que sair da vida boa, oh God!


Começo o mês lendo…
Já que o filme vai vir neste ano mesmo, é melhor eu me adiantar:
200px-O_Hobbit
Comprei este livro há um ano, e ele estava no plástico ainda, coitado! Tô gostando, e assim que terminá-lo vou ler O Senhor dos Anéis.

Beijos!
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