sábado, 26 de fevereiro de 2011

De Volta pra Estante #15: A Cabana.

Se Deus realmente aparecesse, Mack estava mais do que pronto para dizer-lhe umas tantas verdades.
   Da série ‘livros que comprei e nunca li’. Este livro eu pedi na Avon, e ia ser um presente de amigo secreto no fim do ano retrasado. O meu amigo secreto saiu da brincadeira, então comprei outro presente e fiquei com o livro para mim.
a cabana

Nome: A Cabana (The Shack)
Autor: William P. Young
Editora: Sextante.
Sinopse: A filha mais nova de Mackenzie Allen Philip foi raptada durante as férias em família e há evidências de que ela foi brutalmente assassinada e abandonada numa cabana. Quatro anos mais tarde, Mack recebe... leia mais uma nota suspeita, aparentemente vinda de Deus, convidando-o para voltar àquela cabana para passar o fim de semana. Ignorando alertas de que poderia ser uma cilada, ele segue numa tarde de inverno e volta a cenário de seu pior pesadelo. O que encontra lá muda sua vida para sempre. Num mundo em que religião parece tornar-se irrelevante, "A Cabana" invoca a pergunta: "Se Deus é tão poderoso e tão cheio de amor, por que não faz nada para amenizar a dor e o sofrimento do mundo?" As respostas encontradas por Mack surpreenderão você e, provavelmente, o transformarão tanto quanto ele.
   Este é um livro com premissa religiosa: foi escrita por um evangélico. Sendo assim, como justificar tamanho sucesso mundial? Eis a questão. O autor pode até fazer referências à religião, mas é algo muito sutil. O foco não é esse: é Deus. Este mesmo Deus que é cultuado pela maioria das religiões do mundo. Mesmo quem não segue nenhuma religião, mas ainda sim tem fé, pode encontrar uma boa leitura aqui.

   O livro começa com o autor contando como ele foi escrito: William se coloca como um personagem, e diz que escreveu um relato de seu amigo, Mackenzie Allen Phillips. Isto traz um tom de veracidade à história, embora falso, uma vez que o livro é de ficção. De qualquer forma, na maior parte do tempo parece que é de verdade.
   Mack, como é chamado, teve uma vida turbulenta: seu pai bebia e batia nele e na mãe, quando criança; teve que fugir de casa, e rodar o mundo atrás de oportunidades. A vida fez dele um homem duro, e que muitas vezes não expressa muito bem suas emoções. Quanto a Deus, ele tinha suas dúvidas.
   Ele se casou com uma mulher muito boa, com fé, temente a Deus; uma cristã fervorosa. Ele não entende este relacionamento tão íntimo com Deus, mas não procura manter um também. Seus 5 filhos são mais religiosos que ele.
   Um dia ele resolve ir acampar com os três filhos mais novos. É um fim de semana muito agradável, com brincadeiras, novos amigos e contato com a natureza. No dia de ir embora, Mack se distrai com seus dois de seus filhos, que estavam quase se afogando próximo a onde ele estava, e acaba deixando Missy, a caçula, sozinha. Quando os dois outros ficam em segurança, percebe-se que a garotinha desapareceu.
   É aquele frenesi atrás dela. Como vemos na sinopse, acabam achando ela morta, e Mack se vê numa crise de depressão, que afeta até os outros membros da família. Certo dia ele recebe um bilhete no correio, em que o remetente assina como Deus, e quer que Mack vá encontrá-lo numa cabana; este foi o lugar em que acharam indícios de que Missy havia sido assassinada, uma vez que o corpo nunca foi achado. Desta forma, é muito doloroso para Mack voltar até lá. Seria ter contato com emoções que ele estava soterrando no fundo de sua alma, e nunca deixara de fato vir a tona. Após um dilema, “será que é uma brincadeira? E se for o assassino? E se for Deus, de verdade?”, ele vai numa sexta feira, e não conta pra ninguém. Aproveita que sua esposa levou os filhos para a casa dos tios, e vai na surdina – a única pessoa ciente é Willie, o personagem do autor.
   Lá ele encontra Deus sim, mas não da forma que ele (e qualquer outro) esperava. Ele passará por uma turbulência de emoções, e finalmente conseguirá estabelecer um relacionamento de amor com o Criador.

   Eu demorei pra embalar no livro. O começo é meio arrastado, e até Missy sumir, tudo é tranquilo demais. Depois vem aquela confusão atrás da menina, e a animação começa. A partir daí que eu deslanchei. Acho que a lerdeza é por causa da caracterização feita pelo autor: a história no tempo presente se passa no inverno, com neve e tudo. Tradicionalmente já é mais devagar, e acabamos entrando no ritmo da vida dos personagens. Eu entrei no clima, pois nos dias em que eu estava lendo estava fazendo frio aqui em casa. Quando Mack chega na cabana, é de arrepiar. Aquele lugar ermo, no meio do nada, com leve, e o sangue da própria filha ainda grudado no chão, arg, não sei se teria coragem. Como um pregador que eu conheço diz, “o medo nos paralisa, mas o amor maior nos impulsiona”, este amor pela filha é que levou Mack até o fim, e a encontrar Deus.
   O livro é denso. Tem que ler com calma, reler, e refletir. Não concordei com algumas coisas do livro, provavelmente por causa das diferenças entre as doutrinas das religiões (eu sou católica), mas algumas lições foram muito valiosas. 
   A obra conta ainda com aquele Q de mistério policial, pois “quem matou Missy?”, tem umas partes engraçadas, e outras totalmente emocionantes. É bem envolvente, e a partir de certo ponto nos sentimos dentro do livro. Tem tudo pra ser uma história real, mesmo não sendo. O autor conseguiu convencer!
   Eu recomendo. Já presenteei algumas pessoas com ele, mesmo não lendo o livro (#shameonme). Ele esclarece umas perguntas que passam pela nossa cabeça, mas que por algum motivo não foram respondidas.
   Ele é um best-seller. Você já leu? O que achou?
   No Skoob o livro tem um considerável número de abandonos. Você faz parte deste grupo?
   Vamos conversar nos comentários!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Momento explicação.

Vestibular, tarefas, hobbies: como conciliar?
   Olá, queridos leitores. Nesta semana, infelizmente, minhas aulas começaram. Isto significa acordar cedo, chegar tarde em casa, tarefas, revisões, etc, etc. Eu acho que sou capaz de levar bem o blog, não estou tão ocupada assim. O problema é o cansaço. De qualquer forma, peço encarecidamente que vocês entendam quando não postar algum dia. Farei o possível.
   3º ano do Ensino Médio não é fácil. Resolveram deixar para fazer as cobranças todas de uma vez, agora. Mesmo com o vestibular bem ali, para mim seria uma falta de responsabilidade deixar o blog desatualizado. E eu gosto daqui! De vocês, dos comentários, dos outros blogs... Mas nem estou conseguindo mais comentar tanto nos demais blogs como antes! Me desculpo desde já. Eu leio tudo, pelo Google Reader, mas comentar... 
   Então é isso. Algumas coisas diferentes estão para acontecer aqui, acho que gostarão. Tenho me realizado muito, e agradeço a todos vocês!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Editora parceira: Usina de Letras + PROMOÇÃO!

logo_usina

A editora Usina de Letras foi fundada recentemente, em 2009. Seu principal objetivo é atender aos autores brasileiros que desejam publicar seus livros. A equipe trabalha na obra, fazendo revisões e trabalhando na capa, para que nós, leitores, sejamos atraídos por eles e tenhamos uma prazerosa leitura.
   Eles têm selos para a publicação específica de alguns tipos de livros. Confiram:

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

De Volta pra Estante #14: O Restaurante no Fim do Universo.

Se você fez seis coisas impossíveis esta manhã, por que não terminar seu dia com uma refeição em Milliways, o Restaurante no Fim do Universo?
    Essa passagem me chamou a atenção por – creio eu – fazer uma alusão à história de Alice no País das Maravilhas. Quem viu o filme ou leu o livro pode perceber que Alice fala que o pai dela pesava em seis coisas impossíveis antes do café da manhã. A equipe de marketing do Restaurante no Fim do Universo resolveu, então, usar deste pensamento para sugerir que a população da Galáxia fizesse uma refeição que também é vista como impossível, no fim do Universo.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

#Tag Miriam por Avril Lavigne.

A Ana Carolina me indicou para este meme musical! :) Veja só:
"A brincadeira consiste em escolher uma banda ou artista e só com músicas do escolhido responder as perguntas abaixo!!! Daí no título você coloca o ‘Seu Nome’ por ‘Nome do Artista’!"
Eu gosto de muitos cantores, e escolher só um ia ser difícil. Aí eu tava escutando as músicas da Avril esses dias e então resolvi colocar ela nesse meme! Confira, eu particularmente gostei bastante. Deu um pouquinho de trabalho, mas valeu a pena.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Makeover #2: Edição Especial!

   Este é um Makeover (que fala da transformação de livros em filmes), só que em uma edição especial. Sabe por que? É que os filmes irão pro cinema ainda, e os livros foram recém-lançados! õ/ Então eu não vou poder fazer as comparações, mas enfim, tá valendo.

   É bom porque tá atualizadíssimo. Atenção, hein?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

De volta pra estante #13: A Máquina de Revelar Destinos não Cumpridos.

    O Rio de Janeiro, visto de cima, daquelas tomadas aéreas de cinema e tevê, não é o mesmo que se vive cá embaixo, sobretudo longe da brisa do mar, na depressão do subúrbio, no labirinto de asfalto, encarando um Minotauro por dia. O caos urbano não é pra amador (…).
   O livro chegou sendo uma incógnita. Não conhecia o autor, a coleção e o título, a princípio, não fez muito sentido. O que eu  sabia era que era de conto/crônica, porque na capa tinha uma etiqueta que falava que ele ficou em 2º lugar no prêmio Jabuti de 2010.

a máquina destinos

Nome: A máquina de revelar destinos não cumpridos
Autor: Vário do Andaraí.
Projeto gráfico: Guto Lins (ele também escreveu e projetou Torpedo, que eu citei aqui).
Editora: Dimensão.
Sinopse: O carioca Vário do Andaraí nos convida a entrar no seu táxi e, pelos becos, ruas e avenidas do Rio de Janeiro, conhecer um painel divertido e comovente de personagens reais ou um pouquinho inventados que, de alguma forma, têm a ver com todos nós. Reminiscências de escritores clássicos e modernos, toque poético e muito humor criam páginas inesquecíveis e de riqueza rara nas crônicas mais comuns.

   Crônica é um gênero narrativo muito bom; são situações cotidianas com uma pitada de poesia. Ok, essa pode não ser a melhor definição, mas é a minha visão. Já nas aulas de português as professoras dizem que é um fato cotidiano contado de maneira mais pessoal. Acho que é por isso que eu gosto tanto deste gênero. São textos leves, alguns com humor e até um pouco de ironia. É justamente o que encontramos no livro de Vário do Andaraí.
   Foi só eu ou você também achou o nome do autor um tanto quanto… diferente? Na verdade é um pseudônimo, e ele explica esta escolha nas primeiras páginas do livro. Ele tem um currículo bem extenso: já foi músico, analista de sistemas, comerciante… mas não levou nada a sério. Atualmente ele é taxista, e suas experiências neste ramo foram transformadas neste livro.
   Eu nunca fui no Rio de Janeiro, e tudo que eu conheço de lá é o que via na televisão. Nem em livros tive tanto contato assim. A viatura de Vário (rá, senti o trava língua chegando) roda pela cidade maravilhosa, pegando os passageiros indicados pela Central ou aqueles que pedem que ele pare. Pessoas aleatórias, em lugares aleatórios. Assim, ocorre de Vário ter que pegar alguém no pé do morro ou levar alguém para um bairro nobre. A cidade é grande, e os pontos finais nem sempre são pertos, de modo que a conversa se faz presente na maioria dos casos. Estas situações, de fato, mereciam ser retratadas por alguém! E quem melhor para isso do que uma pessoa da área?
   Crônicas que se destacaram:
  • A bela, a fera e o nefelibata: é uma corrida inusitada: uma moça que fazer uma viagem para um lugar distante, de ida e volta, mas seu animal de estimação tem que ir junto. Os termos da corrida são ótimos para o taxista; seu único receio é o tal bichinho… que não é nem um cachorro nem um gatinho… Achei bem engraçado! Vário não é nenhum santo, sabe… Ele também apronta!
  • Cheio das razões: Vário pega um passageiro que logo se mostra meio maluco: fala coisas sem sentido, mexe com as pessoas na rua… O que ele fala, às vezes, faz sentido. O problema é que ele não tem um destino certo, e esta instabilidade nas ideias trazem insegurança ao motorista: será que este aí paga a corrida?
  • Ahã: não precisa ser taxista para encontrar, de vez em quando, aquelas pessoas que falam pelos cotovelos. Nestas situações, o procedimento varia: alguns entram no monólogo na conversa e tentam trocar ideias, outros, como Vário faz nesta crônica, se limitam a dar indícios de que estão escutando, né? Ahã...
    Vemos ainda “A máquina de revelar destinos não cumpridos”, que dá nome ao livro; “Nós ota mas não eca”, que fala também de outro meio de transporte comum no Rio; e Conversão, um texto que está entre os meus preferidos.
   O livro tem 157 páginas, mas a leitura transcorre tranquilamente; de uma crônica a outra, quando se vê já terminou o livro. As entradas de capítulo são trabalhadas (obra de Guto Lins), com páginas pretas com letras brancas. Gostei porque tira a monotonia das páginas brancas.
   Agradeço à editora por disponibilizar o livro, e recomendo a vocês: não é um livro comum, não tem nada de sobrenatural e nem é um romance água com açúcar. Ainda bem. Tava precisando de uma dose de realidade, ainda que ela tenha vindo rodeada de alusões a outros autores, como Carlos Drummond de Andrade e Fernando Pessoa, e com ótimos momentos de ironia.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Editora parceira: Dimensão.

editora dimensão

   A Editora Dimensão é uma das parceiras do blog, e de prontidão me mandou um livro para resenha! O pessoal da editora atende a gente rapidinho. Gosto desta disponibilidade, mostra respeito por quem escreve… Porque é o fim da picada a gente ter que esperar semanas para ter uma resposta!
   Sobre a Editora, ela começou em 1986, produzindo livros didáticos. Depois de obterem sucesso neste mercado, passaram a investir na literatura infantil e juvenil, sendo que muitas destas obras foram premiadas nacionalmente, e algumas fazem parte de exposições e catálogos internacionais.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

De volta pra estante #12: O Gosto do Apfelstrudel.

Todos gostaríamos de ter o vigor da mocidade associado à experiência e quiçá à sabedoria da velhice, mas a natureza decidiu de maneira diferente.

   Me interessei pelo livro por causa do conjunto da obra: o título intrigante, a capa linda e a sinopse curiosa. Não me decepcionei com nenhum dos aspectos: a capa é bonita que nem parece nas fotos – talvez até mais, porque quando se tem o livro nas mãos a magia é outra; o título faz jus à história, reflete a sensibilidade do texto; e a história é realmente cativante.
   Este livro está classificado como juvenil, mas talvez as pessoas mais velhas compreendam e de identifiquem tanto quanto, ou até mais, que os jovens. Chega de lero-lero, vamos ao que interessa:

apfel estrudel




Nome: O gosto do Apfelstrudel
Autor: Gustavo Bernardo.
Editora: Escrita Fina.
Sinopse: um homem, em coma, dedica-se mentalmente a reconstruir sua infância e a despedir-se da sua mulher e dos seus filhos.  Uma história que trata da vida e da morte, mas com final feliz.


   A história é incomum, a começar pelo narrador, que não se identifica: ele vê, ouve e sabe o que se passa na cabeça de todos. É um narrador-personagem, que não chega a participar da história, mas faz a ponte entre ela e o leitor, dialogando com quem lê. Outra coisa incomum é o nome dos personagens: só um tem o nome escrito por inteiro. Os demais são tratados como incógnitas: apenas uma letra é dita para cada um.
   H é um senhor, com por volta de 80 anos, que está em coma num hospital. Seus pulmões e seu coração estão fracos, está com câncer e diabetes e ele está tendo uma sobrevida proporcionada por aparelhos. Durante este período de latência ele passa a ouvir muito bem, até melhor do que quando em vida; escuta o que se passa nas salas vizinhas à sua, os cochichos dos enfermeiros, os lamentos dos parentes. Esse ‘superpoder’, no entanto, não é a única ou melhor coisa que lhe acontece: seu cérebro, antes cheio de ‘nuvens’, agora está límpido, claro, e ele pode lembrar e imaginar como nunca pode antes. A partir daí, H começa a se reconstruir mentalmente, e suas percepções sobre a vida e as coisas vão sendo postas no lugar.
   Este é um dos livros em que o importante não é só o que se conta, mas como se conta. Um resumo da história completa não ficaria grande, justamente porque não é isso que está em foco. A reflexão de H, as entrelinhas que se estendem por sua infância cercada de receios, por causa da 2ª Guerra Mundial, e a formação do ser ressaltam muito mais.
   Só achei ruim o fato de o livro ter só 87 páginas. Li rapidinho, mesmo parando para reler alguns trechos. Posso dizer que foi além das minhas expectativas: comecei pensando que seria uma coisa nostálgica, com H se despedindo tristemente da família e fazendo um balanço de sua vida… Isto não acontece. O protagonista não pode se expressar de maneira nenhuma, então fica por conta de seu cérebro aproveitar os últimos momentos de vivacidade.
  Esta imobilidade do personagem faz a obra se destacar entre as outras: como saber o que se passa com um paciente em coma? Gustavo Bernardo criou aqui um texto verossímil que, bem como é dito no início, “qualquer semelhança desta história com pessoas vivas ou mortas não será nunca mera coincidência, assim como também nunca poderia ser mera semelhança”. O livro tem um vocabulário amplo, ótimo para conhecermos novas palavras e vermos como empregá-las.
   É isso. Gostei e recomendo. Este volta pra estante com louvor!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Memes fotográficos!

   Aaain, gosto muito de fotos. Aí a Ana Carolina foi e me indicou para um meme fotográfico, eu simplesmente tinha que fazer!
   O objetivo é responder cada pergunta com uma imagem. Aqui vamos nós!

O que me faz sorrir:
Livros, esmaltes e ficar relax.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Book Blogger Hop #3.

É fato que a cada dia surgem mais e mais blogs de livros no Brasil e tem muito blogueiro bom por aí que não é conhecido. Inspiradas pelo Book Blogger Hop que a Jennifer criou no Crazy For Books, e do qual participamos na versão em inglês do site, nós decidimos montar uma versão brasileira. A ideia é mostrar a diversidade de blogs literários que temos no Brasil—e conhecer um pouquinho mais dos blogueiros também. – Murphy’s Library.

A pergunta desta semana é:
Você desiste de ler um livro que estava com vontade depois de ler uma crítica negativa em algum blog que você conhece/segue?Não, eu procuro sempre ter um contato com o livro (como ler algumas páginas), e também vejo opiniões em outros blogs. Prefiro ter a minha. Entretanto, nessas críticas eu tento ver os pontos que levaram o blogueiro a escrevê-las...
Eu não chego a ir atrás de opiniões quando quero ler algum livro; se acontecer de ver uma resenha em algum blog sobre ele, leio de curiosidade... Já aconteceu de terem elogiado bastante um livro, mas quando li não gostei tanto assim. O contrário, idem. As opiniões variam muito, pois cada um é cada um, e não posso decidir quanto a ler ou não alguma coisa porque outra pessoa não gostou. E ainda, quando um livro tem críticas variadas, gosto de lê-lo, pra engrossar o caldo e participar da discussão!

   Até a próxima semana!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

De Volta pra Estante #11: Todo Garoto Tem.

   Esperem... vocês não mudaram de ideia, não é mesmo? Sobre se casar? Vocês não podem fazer isto. Simplesmente seria um horror! Um HORROR! Quer dizer, vocês dois são tão perfeitos um para o outro...
  
   Eu fiquei bem curiosa pra saber o que Cal Langdon tinha de tão especial para que a N. Ancalimë declarasse que ele era um dos amores literários da vida dela. Acabei passando este livro na fila, pra entender… e, bem, acho que vi o ponto de vista dela, se bem que, nesta série, eu prefira o Mitchell Hertzog, do “Garoto Encontra Garota”. Minha primeira impressão de Cal foi tão forte que não consegui me esquecer dela.
   O último livro desta série de Meg Cabot ainda tem algumas referências no The New York Journal, mas não tão forte quando nos anteriores. A obra ainda consiste em textos em palm-tops, mensagens por Blackberries e e-mails, além de cardápios muito apetitosos dos restaurantes por onde os personagens passam pelo caminho.  Depois de um tempo, a gente se acostuma com este estilo de narrativa…

todo garoto tem

Nome: Todo Garoto Tem (Every Boy’s Got One).
Autora: Meg Cabot.
Editora: Galera Record.
Sinopse: Essa era uma viagem que tinha tudo para dar certo: Holly e Mark decidem fugir para se casar numa vila do interior da Itália, tentando evitar o stress causado pela diferença de religião entre suas famílias. Para acompanha-los como madrinha, dama de honra e melhor amiga da noiva, a cartunista Jane Harris, uma mulher divertida e engraçada que mal pode esperar pela sua primeira viagem ao exterior. Mas é claro que Mark também convidou o seu melhor amigo, o jornalista internacional Cal Langdon, que passou os últimos anos em campos de guerra, plataformas de petróleo e outros lugares inóspitos.
Já no aeroporto, Jane e Cal sofrem de total ódio à primeira vista, e qualquer tentativa de aproxima-los parece ser totalmente inútil: enquanto Jane acha o jornalista um chato terrível, um cínico que não acredita em amor e nem ao menos conhece o personagem de quadrinhos criado por ela, a impressão que Cal tem da cartunista é a de uma mulher ligeiramente maluca para quem o fato mais impressionante a respeito do Coliseu é que Britney Spears gravou um comercial lá.Mas o que ninguém esperava era que somente esses dois pudessem salvar o casamento de seus melhores amigos. E, nessa inesperada união entre opostos, Cal e Jane acabam por descobrir que, mesmo que não pareça, existe algo que todo garoto tem... Eles precisam abandonar os problemas que têm um com o outro para ajudar os amigos a realizar o sonho do sagrado matrimônio. Será que Cal e Jane conseguirão deixar as diferenças de lado?
   Jane Harris é a madrinha de casamento de Holly e Mark, juntamente com Cal Langdon. Os dois, além de padrinhos, são os melhores amigos do casal, mas entre si eles não se dão muito bem: um não concorda com a opinião do outro, e não estão dispostos a ouvir e entender o lado do outro. E eles terão que passar o tempo todo juntos, para ajudar os amigos a se casarem em segredo. Sendo a fuga causada por causa da briga entre as famílias, acaba não se tornando uma coisa clichê. Aliás, o casal passará por poucas e boas para conseguirem se unir na Itália.

   Famílias que não aprovam a união, Itália… Isso te lembra alguma coisa? A história de Romeu e Julieta! O sobrenome de Holly, inclusive, é Caputo – que me lembra Capuleto – , mas, infelizmente… Não passam de meras coincidências. Em momento algum a trama de Shakespeare é citada no livro. E o sobrenome de Mark é Levine, então, nada a ver com Montéquio… D:
   As paisagens da Itália são bem descritas e convidativas. Os quatro ficam hospedados na casa do tio de Holly, que fica no interior do país, com certa proximidade de Roma. O lugar é bem rural, a casa ainda tem características que rementem a tempos antigos.
   Por fim, sobre a série em geral, posso dizer que não foi uma das melhoooores que eu já li, mas são boas sim. Os personagens têm vida, expressões reais, que saltam do papel, mas a trama em si não me conquistou de todo. Mesmo que Meg tenha tentado inovar com o estilo de narrativa (diários, recados na secretária eletrônica, e-mails), eu prefiro os livros ‘tradicionais’. Como vi em algum outro blog por aí, a expressão seria que ela é uma série que está fadada a ficar esquecida num cantinho da minha memória. Me confundi com os nomes algumas vezes, e tinha que parar na leitura para voltar e ver quem tinha falado o quê.
   Ainda bem que acabou! Me sinto de dever cumprido! õ/

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Mobília bookaholic.

   Na minha casa eu não tenho muita liberdade para mudar o que eu quiser: cama de lugar, mesa, etc. O máximo que eu já cheguei a fazer foi colocar alguns pôsteres na parede… Me resta então viajar pela internet, imaginando meu quarto dos sonhos, com meus móveis lindos e combinando! Ah, uma estante lotada, colorida, com CD’s, DVD’s e lembrancinhas de viagens dividindo espaço com livros. Vou parar de devaneios e mostrar a vocês algumas coisinhas que dariam um toque “cult” no ambiente… E que eu gostaria muito de adquirir, se não fosse a falta de recur$o$…
estante ou não

Estante? Pode até ser… Ou, quem sabe…  mesa e cadeira Mesas e cadeiras!
Imagina um móvel desses?! A gente coloca os livros nos compartimentos, é tão útil! Compraria muitos desses e não teria nenhuma televisão. Dá pra ler, escrever, 2 pessoas lerem, jogarem algum jogo de cartas ou tabuleiro, e parece ser bem compacto…
O site responsável por esse design é italiano, esse daqui: http://www.campeggisrl.it/

   Pra quem divide o quarto com alguém, fica complicado ler antes de dormir, porque geralmente um quer a luz acesa e o outro quer que ela seja apagada. Para resolver esse dilema foram criadas luminárias muito legais e bem funcionais. Vejamos alguns modelos:
estante marcadora   













   Essa é genial. Serve de estante, luminária e marcador de livros! A luz se apaga quando tem um livro em cima. Site aqui. O preço tá meio salgado, mas só de inventarem algo assim já me faz feliz.

marca  e luz marca e apagado
   Esse só serve pra iluminar e marcar mesmo, e também é apagado quando coloca-se o livro em cima. Prefiro a estante anterior, mas se alguém quiser me dar de presente, aceito tranquilamente qualquer um dos dois! Site.
painel luminoso




E esse não chega a ser um móvel; é mais um gadget. Isto é um painel de leitura, que ilumina só a página que se lê. Dá pra regular o brilho e o preço está bom, viu? Se alguém se interessar pode ver aqui.






   Eu tive a felicidade de ganhar uma luzinha de leitura no meu aniversário do ano passado, e garanto que é uma ótima aquisição. A minha gira 360º, é de led e consome pouca bateria. Tem esse grampo que a gente coloca na parte superior do livro, e ilumina a página, e se mudar a posição dá até pra iluminar as duas páginas de uma vez. Uma vez eu prendi no meu cabelo, como se fosse um tic-tac, pra iluminar assim como é feito em cavernas: pra onde a cabeça está virada é onde está iluminando. Se você ainda não sabe que capacete que é, veja aqui.

    Alguém tem algum desses daí?

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

♪ Papo Pop! #2: Maroon 5.

   Bem vindos ao segundo Papo Pop! Esta semana estaremos prestigiando a banda Maroon 5, uma das minhas preferidas.

   Formação: Adam ‘lindo’ Levine, o vocalista, que também toca guitarra, James Valentine, guitarrista, Jesse Carmichael nos teclados,  Mickey Madden no baixo e Matt Flynn, o baterista!
   A banda passou por algumas modificações desde o início, inclusive no nome; os únicos integrantes que fazem parte dela desde o começo são Adam, Mickey e Jesse.
Origem do nome: eles dizem que é segredo. Só os integrantes e Billy Joel sabem porquê!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Editora parceira: Escrita Fina!

EF_logo    Hoje falarei para vocês da primeira editora que topou ser parceira do blog. Ela é nova no mercado, e lançou o primeiro livro sob seu selo em março de 2010. O objetivo da editora é fornecer os livros para uma leitura espontânea, sem cobranças; apresentar ao jovem leitor o vasto mundo da leitura, e fazer isso de forma que ele não se sinta pressionado. Desta forma, eles esperam que o jovem leitor tenha sua imaginação estimulada e que procure interpretar o que lê.

   Em seu catálogo a Escrita Fina separa os livros por faixa etária, e cada uma é voltada para um estágio de leitura:

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

De Volta pra Estante #10: Private, 3–Untouchable.

   Se você não leu nenhum dos livros da série Exclusivo, pode ser que encontre spoilers por aqui. É o terceiro livro da série, afinal. Se quiser ficar por dentro do assunto, aqui estão as páginas dos livros 1 e 2 da série.
   Ariana's right. I need to face this head-on. I need to stare right into the face of the guy who said he loved me and then lied to me and was then brutally murdered. In fact, I think it'll make the whole mourning-process thing that much easier.
   O livro 2, Invitation Only, terminou de modo que eu fiquei estarrecida. Depois da turma do Billings voltar de uma festa de arromba, ao chegar no campus eles têm que encarar um assassinato de um dos amigos. Do ex-namorado de Reed. Um dos garotos mais populares da escola. O livro terminou aí, assim mesmo, do nada. E eu quase tive um infarte. O problema de ler livros de séries é justamente esse, temos que aguardar a continuação. Ainda bem que nos Estados Unidos todos os livros já foram publicados…


untouchable

Nome: Untouchable.
Autora: Kate Brian.
Editora: Simon Pulse.
Sinopse: Cheating, partying, blackmail, and now...murder?
Can the Billings Girls remain untouchable?
Reed's boyfriend, Thomas Pearson -- the popular, easygoing, irresistibly handsome and charismatic boy she fell in love with -- is dead. No one knows how it happened, and everyone is after the truth. Or are they?
Life at Easton Academy begins to feel very different. Taylor is acting like the poster child for Prozac, Kiran is spiking her cornflakes, Noelle is being kind of...nice, and Arianna keeps floating along as if nothing has happened.
Thanksgiving break arrives and Reed and Josh find themselves alone on campus. They are forced to confront the feelings they've been hiding. Those feelings combined with an empty campus result in the hottest hookup Reed could possibly imagine. But when Reed breaks the news about Josh to the Billings Girls, there's no fun game of tell-all. Instead, Josh begins to look like suspect No. 1 in the murder of Thomas Pearson.
The perfect life Reed has constructed as a Billings Girl begins to crumble. And as everyone becomes more convinced of Josh's guilt, Reed's private suspicions lead her somewhere she doesn't want to go.
   Ultimamente estou evitando ler livros de séries, justamente por ser muito ansiosa e não aguentar a continuação. É muuuito ruim. Entretanto, essa minha resolução foi feita depois de começar a ler a série Exclusivo, de modo que eu tenho que terminar o que comecei!, e com um suspense desses, acho que até vale a pena.

   Como ia dizendo, os estudantes da Academia Easton têm que lidar com a morte de Thomas Pearson, que foi assassinado. Os policiais ficam no local, fazendo investigações, e interrogando os alunos, deixando todos em estado de agitação e insegurança. Como não sabem quem matou o jovem, todos são suspeitos.
   Reed pensava que não sentia nada mais por ele, o que ela percebe não ser verdade. Além disso, para ajudar, todos tratam ela como viúva, fazendo-a ficar com os nervos a flor da pele. Tudo que ela queria era paz, e passar por este momento sem sofrer demais. Acontece que, vivendo num colégio interno cheio de frequentadores da alta – sociedade, o que não falta são segredos e falsidade. Surpreendetemente, as ações de seus colegas não é a mesma: Noelle, a cruel, cínica e até vingativa, e Ariana, sempre tão distante, estão com uma postura até maternal para com as colegas, deixando um pouco os maus modos de lado. Kiran age como se tudo fosse mais um acontecimento inevitável, e bem distante dela. E Taylor vive a beira de lágrimas, por motivos que Reed desconhece e que as outras garotas insistem em não contar pra ela.
   Reed encontra abrigo em um amigo, que está pra ser um… algo mais. Josh, o melhor amigo e colega de quarto de Thomas, sempre está lá para ajudá-la a passar por esses momentos, dando suporte. Breenan passa a desenvolver uma afeição a mais por ele, que é recíproca. Falta saber se eles conseguiram superar a barreira/fantasma de Thomas, que insiste em aparecer na cabeça deles.

   Esta série está um pouco chatinha. ‘Enrolativa’, eu diria.
   Sabe aqueles livros bobinhos de high-school? É disso que se trata. Não vá ler com esperanças de uma série promissora… acho que Gossip Girl é menos ruim nesse gênero.
   No Brasil a Galera Record já publicou os dois primeiros livros. Agora é ficar de olho nas próximas publicações!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Book Blogger Hop #2.

É fato que a cada dia surgem mais e mais blogs de livros no Brasil e tem muito blogueiro bom por aí que não é conhecido. Inspiradas pelo Book Blogger Hop que a Jennifer criou no Crazy For Books, e do qual participamos na versão em inglês do site, nós decidimos montar uma versão brasileira. A ideia é mostrar a diversidade de blogs literários que temos no Brasil—e conhecer um pouquinho mais dos blogueiros também. – Murphy’s Library.

A pergunta dessa semana é:
Que livro você está tentando fazer mais pessoas lerem?A série da Becky Bloom, de Sophie Kinsella; de vez em quando eu incentivo o povo a ler Harry Potter; e “A Menina que Roubava Livros”, de Markus Zusak.

Até a próxima semana!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

I want it all! #1

   (Coluna extinta! Para conferir meus últimos, mais urgente e intermináveis desejos visite esta página). 
   Ah, quem é que não conhece aquela música do Queen, com esse mesmo nome? I want it all, and I want it now! ♫ Tem uma batida bem legal. Você pode assistir o vídeo e ouvir a música aqui.

   De vez em quando eu quero algumas coisas, pra ontem! Então essa seção será uma espécie de lista de desejos, de modo geral. Vou intercalá-la com o “Knockin’ on Miriam’s Door”; então, sempre que eu não receber uma encomenda, essa coluna aparecerá por aqui. Mãos à obra! 

   Nos últimos tempos tenho tido vontade de comprar o livro Melancia, de Marian Keyes. Falta bem pouco pra isso!

   A propósito, um fato da minha existência: quando era menor, eu insistia no acento em Melância. Não sei porque, mas era.
   Bom, de qualquer forma, se eu gostar desse daí de cima eu compro o Sushi também.
jane diva
      Eu quero MUITO esse livro, porque tem 3 livros em um só da Jane Austen. Coração vermelhoE é mais barato. Pelo menos na Submarino: o livro tava custando quase o preço que eu paguei eu uma obra só; comprei Orgulho e Preconceito por R$12,90, e na Submarino estava por R$14,90 o livro 3 em 1. *-* QUERO QUERO QUERO. Tô esperando uma promoção boa pra comprar ele.  Tô bem Austen nos últimos tempos. Se alguém tiver algumas sugestões de filmes da Jane, pode me falar, necessito. Grata.
dorian
   Tô curiosa pra ler esse livro desde quando eu vi o filme “A Liga Extraordinária”, que tinha um lindo Dorian Gray como um dos personagens. Ler a resenha da N. Ancalimë, então, reascendeu a vontade de lê-lo…
   Bom que é nem é tão caro assim, e só vou diminuir a pilha que eu tenho aqui pra ler e vou atrás. A não ser que ocorra uma mega promoção em alguma livraria, que aí eu vou me descabelar e comprar mesmo!
   Até a próxima!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

De volta pra estante #9: A Menina que Roubava Livros.

“Havia uma estátua da roubadora de livros na praça… É muito raro, não acha?, uma estátua aparecer antes de o homenageado ter-se tornado famoso.”
   Como é dito na contra – capa, “quando a Morte conta uma história, você deve parar pra ler”. Eu parei pra ler, a um ano atrás. Interrompi a leitura no segundo capítulo; não consegui acompanhar o ritmo meio arrastado. Nestas férias eu estabeleci o objetivo de ler este e outros livros que estão encostados há algum tempo. Depois de algumas leituras, resolvi pegar esse. Queria ver o que ele reservava pra mim e porque ele foi um best-seller, afinal. Alguma coisa ele devia ter para que tantas pessoas o lessem e gostassem.
   Descobri, no fim das contas.

menina que roubava

Nome: A Menina que Roubava Livros (The Book Thief)
Autor: Markus Zusak
Editora: Intrínseca.
Sinopse: Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em A Menina que Roubava Livros, livro há mais de um ano na lista dos mais vendidos do The New York Times. Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, O Manual do Coveiro. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de rouba-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto a sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é a nossa narradora. Um dia todos irão conhece-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.
   Essa sinopse é muito boa e instigante, apesar de não fazer jus à Rosa Hubermann.
   Markus Zusak nos mostra uma história diferente: a Morte é a narradora-personagem. Por ela ser o que é, é possível que nós saibamos o que acontece tanto aqui quanto acolá, uma vez que a Morte consegue se transportar por todos os lugares instantaneamente. Sabe como é, ossos do ofício. Isto deu uma agilidade a história.
   Durante a 2ª Guerra Mundial, Liesel e seu irmão seriam levados aos cuidados de uma família adotiva, uma vez que a mãe deles não tem condições de cuidar de ambos. A família recebe uma pensão do governo por cada criança cuidada.
   No caminho para o novo lar, o irmãozinho de Liesel morre, e ela vê tudo. A Morte vem buscá-lo, e ao ver a menina se dar conta da morte do irmão, ela para para ver no que isso ia dar. Acaba acompanhando mãe e filha até o enterro do garotinho, e vê então o primeiro ato criminoso de Liesel: ela furta o livrinho de capa preta que cai do bolso de um dos homens que enterravam seu irmão. “O Manual do Coveiro”, este era seu título; a nova dona, no entanto, não tinha aprendido a ler, então guarda o objeto mais como lembrança do que tinha acontecido. Ele é uma das únicas lembranças que ela poderia carregar de sua antiga família.
   A família adotiva é composta somente por seus pais, Hans e Rosa Hubermann. O jeito do homem transmite confiança à garota, e ele é o único que consegue lidar com ela. A mãe é uma boca-suja, xinga a tudo e a todos sem papas na língua. E é um pouco violenta também: qualquer falha de Liesel é motivo para surras e ralhações.
   A menina logo conhece e fica amiga de um garoto vizinho, Rudy; eles jogam futebol juntos, andam pra cima e pra baixo pela cidade e acabam na mesma turma da escola. Ele vive implorando um beijo dela, que sempre nega.
dona morte
A Morte do livro não usa foice!
   A Morte não faz questão de manter suspense. Às vezes ela nos dá um spoiler sobre o que vai acontecer a seguir, mas nem por isso o leitor sai prejudicado. Ela faz observações dos humanos, curte com a cara de quem está lendo e, algumas vezes, nos fala mais de seu ofício. Foi uma experiência diferente escutar o que a “indesejável nº 1” tem a nos dizer. Pensa que é fácil ser a Morte em tempos de guerra? Pense novamente!
   Outra coisa que me fez gostar do livro é que ele nos mostra uma face da guerra que livro de história nenhum o faz: o dos alemães. A figura do Führer está presente em cada Heil Hitler, em fotos nos estabelecimentos, nas suásticas gravadas nas roupas. A guerra não fez a Alemanha ficar mais rica, pelo contrário, fez com que seus cidadãos entrassem em um regime de racionamento de alimentos. Quando começaram os bombardeios, a cada sirene de aviso era uma correria para os abrigos, onde a tensão reinava. Pensa em viver assim?!
   Apesar de tudo, este livro é de ficção. Zusak teve a ideia de uma roubadora de livros, mas achou que não era uma história adequada para os dias atuais, então ele se baseou nas experiências de seus pais, que viveram neste período na Alemanha. E, mesmo que no livro possamos ver tantas expressões alemãs, como Saumensch, Watschen e Alles Gut, o livro foi escrito originalmente em inglês: Markus mora na Austrália. Gostei deste recurso utilizado pelo autor, pois assim entramos mais na história, a contextualização é maior. Quem fala inglês pode ver a semelhança entre as línguas: um exemplo é “alles”, como coloquei ali em cima. Traduzindo pro inglês fica “all” (“tudo”, em português).
   Leia. É um livro completo, que exige um pouco de dedicação, mas que faz compensar no fim. É tão bom que ele me animou a escrever um capítulo a mais para colocar no fim, porque achei que faltava alguma coisa; foi o primeiro que me deu vontade de fazer isso.
   Já leu? O que achou?
   Se não leu, leria? Se não, porquê?

Quote, #5.


orgulho e preconceito quote
Do filme Orgulho e Preconceito, 2005, dirigido por Joe Wright.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Como você acompanha os blogs?

   Vou contar minha experiência: quando comecei  a seguir blogs, eu fazia assim: clicava em ‘seguir’ e depois ia acompanhando pelo meu painel:
Painel 1
Painel 2
   Você pode acessar ele por esse link.
   Ia lendo a partir da Lista de Leitura; tinha que clicar no título do post pra ir pra ele, e então vê-lo por completo.
   O tempo foi passando e eu passei a acompanhar mais blogs, de modo que ficou meio incômodo fazer isso. Eis que me vem a inspiração: a algum tempo atrás eu passei a saber o que era o Google Reader, mas nunca tinha pensado em usá-lo. Eis que surge o momento oportuno! Corri lá, que é aqui, a propósito. Se você tiver uma conta no Google – Orkut, Blogger – é possível usar o mesmo login.
google reader 1
   É assim que aparece quando você entra e não tem nenhuma postagem nova entre as pessoas que você segue.
   Quando se clica em "Todos os Itens", todos os posts são listados, pela data e hora da postagem. Dá pra escolher entre ver assim, no modo Estendido, em que os textos aparecem por inteiro, ou Lista, que mostra, adivinha, uma lista de postagens!
google reader 2
   Fica muito mais fácil. Quando eu entro eu sei que que eu ainda não li, e reúne muitos blogs numa coisa só. Haja organização!
   Existe mais algum jeito FANTÁSTICO de acompanhar postagens? Por favor, avisem!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

♪ Papo Pop! #1: Lady Antebellum.

   Olá! Estamos estreando – finalmente! – o espaço dedicado à música. Aqui virão tanto dicas, quanto textos sobre artistas de diversos gêneros.
   Pra começar, vos apresento a banda Lady Antebellum! Ela é formada por uma lady e dois homens; a garota se chama Hillary, e ela divide os vocais com Charles; Dave é o responsável pelos instrumentos: teclado, bandolim, guitarra e até colabora com os vocais, às vezes. O gênero é Country. E não se atreva a falar mal antes de conhecer!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Que tal um TPM aí, hein?

   Queridos leitores, interrompemos nossa programação normal para fazer um outro tipo de resenha. Hoje seria o espaço do “De Volta pra Estante”, mas ainda não terminei de ler “A Menina que Roubava Livros”, nem terminei outro livro. Desta forma, aproveito a oportunidade para divulgar pra vocês um outro blog, que eu acabei de conhecer e já estou amando os textos.
   Antes de dizer qual é, vamos fazer uma pequena divagação: muitas pessoas fazem piada sobre a TPM feminina. Algumas comuns são: TPM = Tempo pra matança, todos problemas misturados, temporada proibida pra machos, etc. Mas o que você acha de um homem que cria TPM’s? Não entendeu?
   É isto que Edson Rossatto faz em seu blog, o…
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