De Volta pra Estante #14: O Restaurante no Fim do Universo.

Se você fez seis coisas impossíveis esta manhã, por que não terminar seu dia com uma refeição em Milliways, o Restaurante no Fim do Universo?

    Essa passagem me chamou a atenção por – creio eu – fazer uma alusão à história de Alice no País das Maravilhas. Quem viu o filme ou leu o livro pode perceber que Alice fala que o pai dela pesava em seis coisas impossíveis antes do café da manhã. A equipe de marketing do Restaurante no Fim do Universo resolveu, então, usar deste pensamento para sugerir que a população da Galáxia fizesse uma refeição que também é vista como impossível, no fim do Universo.

  

Nome: O Restaurante no Fim do Universo (The Restaurant at the End of the Universe).
Autor: Douglas Adams.
Editora: Sextante.
Sinopse: O que você pretende fazer quando chegar ao Restaurante do Fim do Universo? Devorar o suculento bife de um boi que se oferece como jantar ou apenas se embriagar com a poderosa Dinamite Pangaláctica, assistindo de camarote ao momento em que tudo se acaba numa explosão falta?
A continuação das incríveis aventuras de Arthur Dent e seus quatro amigos através da Galáxia começa a bordo da nave Coração de Ouro, rumo ao restaurante mais próximo. Mal sabem eles que farão uma viagem no tempo, cujo desfecho será simplesmente incrível.
O segundo livro da série de Douglas Adams, que começou com o surpreendente O Guia do Mochileiro das Galáxias, mostra os cinco amigos vivendo as mais inesperadas confusões numa história cheia de sátira, ironia e bom humor.
Com seu estilo inteligente e sagaz, Douglas Adams prende o leitor a cada página numa maravilhosa aventura de ficção científica combinada ao mais fino humor britânico, que conquistou fãs no mundo inteiro. Uma verdadeira viagem, em qualquer um dos mais improváveis sentidos.

   “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, primeiro livro da série de Douglas Adams, termina com Arthur, Ford, Trillian, Zaphod e Marvin indo ao Restaurante no Fim do Universo. Porém, não será tão fácil chegar até lá: logo no início eles são perseguidos por naves vogons (a mesma espécie que aniquilou o planeta Terra). Depois de contarem com a ajuda além-vida do bisavô de Zaphod, o grupo se separa e, até alcançarem seu destino final, terão que superar os obstáculos pelo caminho e lidar com os diversos personagens que vão surgindo durante a jornada.
   Esse livro, como não podia deixar de ser, conta com umas tiradas bem engraçadas. Frizo aqui uma crítica aos vegetarianos que é feita no livro: é inventado um boi que não reclama de ser morto; ele se apresenta aos que vão comê-lo e até ressalta as partes de seu corpo que estariam melhores. Ele quer ser comido. Quando indagado porque ele se oferece assim, ele diz que foi criado para evitar esses tipos de reclamações, de que “coitado do boi, ele não quer ser comido”; desta forma ele estaria protegendo os legumes e verduras, que não gostam muito desse tipo de conversa, e que não são ouvidos…
   O livro começa a deslanchar mesmo quando o grupo vai para o Restaurante, e começam a beber algumas Dinamites Pangalácticas demais… E, considerando que é uma bebida extremamente forte, é possível prever que o comportamento de quem a bebe não é nada exemplar…
   O Restaurante é chamado de “no Fim do Universo” não porque ele fica beeem distante, lá nas quebradas do Universo, mas sim porque ele está localizado no tempo justamente no dia em que o Universo acaba. Aqueles que fazem uma refeição lá tem que se transportar no tempo, e costumam ter bastante dinheiro, já que não é barato jantar num restaurante com comidas finíssimas e ainda com um espetáculo único – a explosão que põe fim em tudo que conhecemos!
   Devo ressalta que a passagem no Restaurante não é a única trama do livro. Depois fica… interessante, eu diria!
   Eu vou dar uma pausa na série por enquanto… vou ler outros livros, de outros gêneros. O fim ficou bem amarrado, então eu não estou morrendo de vontade de ler os próximos.