quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

De volta pra estante #83: Deuses Americanos.

# - Deuses Americanos

 

Nome: Deuses Americanos

Autor: Neil Gaiman.

Editora: Conrad.

Comprar: Submarino

“Você só chega à minha idade se sempre esperar pelo pior.”

 

   Sabe aquele autor que te prende no primeiro parágrafo? Ou aquele livro que, mesmo quando não está perto, não sai da sua cabeça?

   Já tinham me recomendado Deuses Americanos antes; numa conversa com um amigo, ele me lembrou que Neil Gaiman foi o responsável pelo roteiro de um dos melhores episódios de Doctor Who. Depois disso, parei de adiar e abri o livro. O que era pra ser algo superficial, apenas um primeiro contato, virou uma compra de 6 obras do autor.

   O melhor da história é ir revelando-a e se deixar surpreender; por isso, recomendo que passe para o próximo bloco e pule a parte sobre o enredo, a seguir.

 

   Shadow foi preso mas, devido ao seu bom comportamento, conseguiu uma condicional. Iria reencontrar a mulher três anos depois, trabalhar na academia do amigo, recomeçar. Ele acaba sendo liberado alguns dias mais cedo – e daí pra frente é uma sucessão de más notícias. No meio de tudo ele conhece Wednesday, que lhe oferece um emprego que é bom demais pra ser verdade.

— Mudanças estão vindo por aí — disse o búfalo, sem mover os lábios. — Há certas decisões que precisarão ser tomadas. (…) Acredite — disse a voz ribombante. — Se você sobreviver, precisa acreditar.
— Acreditar em quê? — perguntou Shadow. — Em que eu devo acreditar? (…)
— Em tudo — rugiu o homem-búfalo.

   A obra vai além da ficção, questionando a sociedade em suas prioridades, crenças e valores. É engraçado o que o autor coloca em sua advertência: “nem é preciso dizer que todas as personagens, vivas, mortas ou mortas-vivas, utilizadas nesta história, são fictícias ou foram usadas em um contexto fictício. Só os deuses são reais” – porque bem que poderiam ser. Conheço muitas pessoas que prestam culto ao cartão de crédito, à tevê

   O melhor de tudo é o jeito de escrever de Gaiman. Ele descreve muito bem, criando a imagem na sua mente como se estivéssemos vendo um filme. É o que se espera quando autores criam seus próprios lugares e seres.

   Recomendo demais, só deixando uma ressalva: tem algumas cenas fortes! É voltado para o público adulto, mas se você for mais novo e tiver a cabeça aberta… Leia!

3 comentários:

  1. Vi uma promoção de 4 livros do autor no Submarino e quase comprei. Não lembro o preço, mas estava bem barato. Desisti porque não conheço a editora e fiquei com medo de ser daquelas edições meio porquinhas (o Submarino tem mania de vender edição econômica sem avisa). Só li Coraline e, embora não tenha amado de paixão, me deixou com vontade de conhecer as outras obras dele.

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    1. Pior que são todos econômicos mesmo... Minhas graphic novels tão com o plástico da capa soltando, e eu mal li! Mesmo assim, pelo preço + qualidade do texto, valeu a pena levar (4 por 30).

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  2. Ah, também comprei muita coisa do Neil em promoções ele é incrível ... esse é um livro que li, mas ainda não consegui resenhar ... preciso ler de novo ... não me sinto capaz D:
    Gostei muito da tua resenha!

    ;*

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Agradeço o comentário!
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