Dirigido por Aldous Huxley (autor de Admirável Mundo Novo), a primeira adaptação teve lugar em Hollywood – que desde então já fazia seus filmes para agradar o mercado, com fórmulas pré-fabricadas; digo isso porque foram alterados pontos críticos no livro, como o comportamento do Mr. Darcy: ele tem sua pose distante e arrogante, mas logo passa para o romântico charmoso. O galã da época, Lawrence Oliver, ficou um pouco almofadinha demais. Outra mudança, que talvez tenha influenciado em todas as outras, foi a ausência de personagens como Mr. e Mrs. Hurst (cunhado e irmã de Blingley), e a irmã de Charlotte, Maria.
Certas partes do enredo foram destacadas mais que as outras, como a fuga de Lydia e cenas de conversa entre os personagens. Em alguns momentos acabava que acontecimentos inteiros ficaram resumidos na fala de alguém.
Apesar da infidelidade ao romance (e também à época em que ele se passa: os belos vestidos armados não condizem com a moda do séc. XIX), vale muito a pena pelo valor histórico da obra. Assisti sua versão preto e branco, e senti um ar saudosista ao reparar na tecnologia dos cinemas de então, e a forma quase caricata das interpretações dos atores.
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A BBC faz um ótimo trabalho com adaptações clássicas, e O&P tem três produzidas pelo canal: de 1967, de 1980 e a de 1995, mais conhecida, que consagrou Colin Firth no coração das espectadoras.
A equipe leva a palavra “adaptação” a sério: o livro foi reproduzido com fidelidade nos seis episódios. Além disso, os acontecimentos foram contextualizados no cotidiano dos personagens: Charlotte chega para falar com Lizzy enquanto ela está bordando almofadas. Uma não está de prontidão para a outra, e fica mais autêntico, como se fosse real. Além da história, temos mais contato com os hábitos da época.
O box está à venda no Brasil e conta com muitos making offs, como a da emblemática cena do lago.
A versão mais recente e queridinha trouxe Keira Knight no papel principal, o que teve muito peso no marketing do filme: o restante do elenco não tinha tanta visibilidade na mídia até então. Joe Wright se propôs a fazer uma adaptação mais fiel possível, cuidando da fotografia, trilha sonora, figurino… O resultado foi incrível! Em duas horas de filme, passaram toda a ideia do romance original.
Quem era fã de O&P antes e já conhecia a minissérie da BBC tem muitas críticas pro filme, mas é inegável que a cada releitura mais pessoas são atingidas. Nem é possível dizer qual é melhor, pois são propostas diferentes! Cada uma com seus (muitos) méritos.
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Acompanhe as postagens do especial!
1º dia: O início.
2º dia: Livros no Brasil.
3º dia: Adaptações literárias.
Só assisti ao filme mais recente e à minissérie. Gostei dos dois, mas não dá nem pra comparar, é muito melhor ler o livro.
ResponderExcluirMatthew Macfadyen é meu Darcy favorito (embora Daniel Vincent Gordh esteja bem próximo). Não gosto do Colin Firth, não sei o que todas as outras mulheres do universo vêem nele.