Então, neste momento em que ruminava o seu complexo de inferioridade, quando finalmente conseguiu dormir, um pé entrou de sola no seu sono.Então, ao ter o livro em mãos eu senti que ia ser algo diferente. Começando pela primeira impressão: a capa. Tem toda uma montagem, com carimbos, ilustrações e fotos. Aí você para e vê o formato do livro. Hei, isso me lembra um passaporte! Hmm, e viagens… Realmente, tudo a ver. E, folheando, dá pra ver a riqueza de recursos gráficos utilizados para compor o livro. Mas é claro, é uma obra de Guto Lins!
Nome: Caderno de viagens
Autor: Guto Lins.
Editora: Dimensão.
Sinopse: Guto Lins reafirma seu talento extraordinário não só como narrador, mas também como artista gráfico. A narrativa ágil de diferentes experiências de viagens vai fazer o leitor jovem pensar, rir muito e logo pensar em recomeçar a leitura. Imagens e textos se misturam neste “caderno”, contando casos surpreendentes e irônicos. Com um diálogo rápido e jovial, realiza uma conversa “super pop” com os jovens de hoje.
Quem acompanha o blog já deve ter visto um trabalho deste autor: ele foi o responsável gráfico do livro “A máquina de revelar destinos não cumpridos”, de Vário do Andaraí. Lembra, aquele que tinha as páginas com fundo preto e escrita mais clara? Mas é em “Caderno de viagens” que percebe-se como Guto consegue criar tanta coisa e enriquecer um livro.
O conteúdo é um apanhado das obras do autor. Temos textos engraçados, alguns compostos só por diálogos, todos relacionados com imagens. Isto fez com que o livro conversasse comigo. Você tá lá, lendo o que está escrito, e ao mesmo tempo as imagens saltam aos seus olhos, fazendo uma ambientação. É tudo bem descontraído, uma leitura voltada para jovens. E os textos são curtos, o que confere uma agilidade para o livro.
Como costumo fazer, livros de crônicas/textos separados tem uma parte da resenha diferente dos que tem texto corrido: um comentário do que mais chamou atenção em alguns:
Carapintada: vocês repararam na imagem do sorriso na capa? Na hora em que vi eu consegui relacionar o desenho com a fotografia. É neste texto que é dada a explicação para esta ilustração. Olha só, o trecho que reflete bem isso e que dá bem uma ideia da linguagem usada por Guto Lins:
- O seu sorriso está bem no lugar da faixa: Ordem e Progresso, mas está causando a maior desordem na minha cabeça.Essas sacadas são tão divertidas no livro!
Semi – aberto: uma vez estudei este tipo de texto no 6º ano: você começa pensando que é uma coisa e no final é outra (recomendo o texto do Stanislaw Ponte Preta, chamado “O passeio do pastor”). É o mesmo caso. Começa com uma coisa ‘suada’, ‘apertada’, pra terminar com alegria e satisfação. E é tudo muito rápido!
Dupla personalidade: só pode ser a conversa imaginária do autor com seu gênio criativo (faltou um chamar o outro de fanfarrão!). Foi uma ótima maneira de terminar o livro e, de certa forma, começar outro, em nossa cabeça.
Recomendo! É muito rico, toda vez que folheá-lo você vai ter vontade de parar em uma página que te chame a atenção e ler/ver alguma coisa novamente... ;D
Beijos!
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