segunda-feira, 26 de setembro de 2011

De volta pra estante #37: Até mais, e obrigada pelos peixes!


Muito além, nos confins inexplorados da região mais brega da Borda Ocidental desta galáxia, há um pequeno sol amarelo e esquecido. Girando em torno deste sol, (…) há um planetinha verde-azulado absolutamente insignificante (…). Este planeta tem – ou melhor, tinha – o seguinte problema: a maioria de seus habitantes estava quase sempre infeliz. E então, uma quinta-feira, uma garota, sozinha numa pequena lanchonete, de repente compreendeu o que tinha dado errado todo esse temo e finalmente descobriu como o mundo poderia se tornar um lugar bom e feliz. Infelizmente, porém, antes que ela pudesse telefonar para alguém e contar sua descoberta, aconteceu uma catástrofe terrível e idiota e a ideia perdeu-se para todo o sempre.
   Esta é a história dessa garota.

   Este mesmo prefácio (aqui eu coloquei um trecho, com adaptações) abriu o primeiro livro da série, com a diferença de que aquele não era a história daquela garota, e sim da catástrofe terrível e idiota. Para minha felicidade, Douglas veio contar a história da tal garota, que me fez ficar curiosa no primeiro livro. Este é o quarto da série, então poderão ser citados alguns fatos que, para os mais extremistas, soam como spoilers. Mas eu me segurei bem, hein? ;D

 Nome: Até mais, e obrigada pelos peixes!
Autor: Douglas Adams
Sinopse: Com mais de 15 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo e uma galeria interminável de fãs, a série que traz o inglês Arthur Dent e o extraterrestre Ford Prefect como protagonistas de loucas aventuras espaciais ganha mais um episódio eletrizante. Depois de viajar pelo Universo, ver o aniquilamento da Terra, participar de guerras interestelares e conhecer as mais extraordinárias criaturas, Arthur está de volta ao seu planeta. Tudo parece igual, mas ele descobre que algo muito estranho aconteceu na sua ausência. Curioso com o fato e apaixonado por uma garota tão estranha quanto o que quer que tenha acontecido, ele parte em busca de uma explicação. Com sua peculiar ironia e seu talento aparentemente inesgotável para inventar personagens e histórias hilariantes - embora altamente filosóficas -, Douglas Adams nos presenteia com mais uma genial obra capaz de nos fazer refletir sobre o sentido da vida de uma forma bem diferente da habitual. Intercalando momentos cômicos com imagens e descrições altamente poéticas, Até Mais, e Obrigado Pelos Peixes! é mais uma aventura da "trilogia de cinco livros" que já levou os leitores a conhecerem situações bem improváveis e a viver momentos de reflexão e de pura diversão.
Editora: Sextante.
Comprar: AmericanasSubmarino Cultura


   Nos encontramos de novo, Douglas Adams! E não é que você continua o mesmo? No quarto livro da série O Guia do Mochileiro das Galáxias, encontramos novamente várias histórias paralelas a central, críticas sociais e muita ironia. Eu, particularmente, achei finalmente o fio da meada, e gostei do que li.
   Nosso herói, Arthut Dent, está de volta à Terra. Na primeira noite ele é deixado aqui, e tem que voltar pra casa pedindo carona numa noite chuvosa. Muitos são os sacanas, que fazem piada da situação dele, e dá uma certa dó, mas eu ri, sim, da desgraça alheia. Imagine, você oferecer carona, ir parando o carro e, antes que o beneficiado o alcance, você sai cantando pneus?! Bom, nem todo mundo é assim, e Arthur finalmente consegue uma carona.
   Entrando no carro, ele conhece Rusell, que não é muito legal, só legal o suficiente para entender a situação do outro e lhe oferecer alguma ajuda. No banco traseiro do carro há uma jovem desacordada e, segundo o motorista, drogada. Ora, Arthur acabou de chegar no planeta, e não teve contato com uma fêmea de sua espécie há muito tempo. Será esta a causa do fascínio que ela exerceu sobre ele? O fato é que o rapaz ficou encantado com ela, mas estava numa situação não muito propícia de se iniciar um relacionamento. A única informação que ele tinha era o apelido dela – Fenny.
   A chegada em casa foi ótima; depois de pensar que seu planeta tivesse sido destruído, encontrar lugares familiares é, no mínimo, reconfortante. Tudo estava no mesmo lugar, exceto pela poeira e correspondências acumuladas… e uma caixa. Ele não se lembrava dela. Do que aquilo se tratava? Ao abrir, descobre um magnífico aquário, que tem os dizeres: “Até mais, e obrigado…”. O que aquilo significava? Bom, o presente serviu pelo menos para abrigar o peixe-babel que estava em seu ouvido; Dent esperava não precisar dele novamente.
   Depois de procurar em vários hospitais da região, para ver se eles tinham liberado recentemente uma paciente chamada Fenella – ou Fiona, algo assim – , ele não conseguiu localizar a moça, nem descobrir seu verdadeiro nome. Mas coincidências acontecem, e as pessoas se encontram por aí, para a sorte dele. Na minha opinião, era isto que faltava ao livro: um toque feminino. Foi só Fenny entrar na história que o trem entrou nos eixos (há, trocadilho!). Ainda que o sobrenome de Arthur devesse ser Murphy, ele consegue ter lá uma sorte e encaminhar sua vida, com um propósito.
   Agora temos um motivo para ficarmos presos na história: um mistério aparece, e mesmo que ele possa parecer simples à primeira vista, acaba envolvendo muito mais coisas. Mesmo estando na Terra, os eventos de ficcção científica continuarão a acontecer, bem à vista de meros mortais. Bora lá ler o último livro! Douglas seguiu muito bem a linha da última coca-cola do deserto: são sempre as melhores.


2 comentários:

  1. Eu amo o humor dessa série! Comprei a coleção naquela promoção do Submarino HUAHUA no natal, mas até hoje li apenas o primeiro.

    O negócio é que estando no terceiro ano, resolvi me dedicar à biblioteca da escola, rs. Agora que a bibliotecária tá em greve quem sabe não termino a série? Haha.

    Beijo!
    allstarejeans.blogspot.com

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  2. Comprei a coleção no Submarino também, mas nem coloquei as mãos para ler ainda. Parecem ser divertidos.
    Beijos

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Agradeço o comentário!
Volte sempre! (:

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