segunda-feira, 3 de setembro de 2012

De volta pra estante #68: Lucíola.

LucíolaNome: Lucíola
Autor: José de Alencar.
Editora: Moderna.
Comprar: SubmarinoSaraivaFNAC.
Download: Domínio Público.
“—  Esse livro é uma mentira!
— Uma poética exageração. mas uma mentira,  não! Julgas impossível que uma mulher como Margarida ame?
— Talvez; porém nunca desta maneira ! disse indicando o livro.
— De que maneira?
— Dando-lhe o mesmo corpo que tantos outros tiveram. Que diferença haveria então entre o amor e o vício? Essa moça não sentia, quando se lançava nos braços de seu amante, que eram os sobejos da corrupção que lhe oferecia? Não temia que seus lábios naquele momento latejassem ainda com os beijos vendidos?

    José de Alencar me conquistou em “Senhora”. Logo me vi lendo mais um de seus livros, e não vou parar tão cedo! Lucíola veio primeiro que os demais porque uma amiga me emprestou.

 
   Diferente de seu antecessor, este romance é narrado em primeira pessoa, por Paulo Silva. Ele chega no Rio de Janeiro e, com a ajuda de seu amigo Sá, passa a frequentar bailes, espetáculos e tudo que envolve a sociedade carioca.
   Em sua chegada, ele corteja uma bela moça, que depois descobre ser uma cortesã (leia-se: prostituta). Ele não poderia imaginar tal ofício, por ter notado doçura, delicadeza e até inocência nos ares da desconhecida. Logo ele se vê apaixonado por Lúcia, apesar de todos dizerem que ela usa os homens por algum tempo, e logo os abandona.
   O relacionamento dos dois é conturbado – cheio de altos e baixos - , parte por causa da sociedade em que vivem; contraditoriamente, Paulo não é julgado por se relacionar com ela. O que acontece é que Lúcia era uma das “celebridades” das reuniões sociais, e com o relacionamento, passa a frequentá-las menos vezes. Vai entender…
   Além disso, a mulher luta contra si mesma em vários aspectos. Antes de conhecer Paulo ela vivia apenas para o prazer e, no máximo, a paixão. O amor, puro e sublime, só vem com ele. A alma luta com os vícios do corpo.

   Na época em que foi escrito, a publicação se deu por meio de folhetins – um capítulo solto por vez. Para garantir que os leitores continuassem acompanhando, todo capítulo tem uma ação importante para a história, deixando a monotonia de lado. Porém,  tem que ter paciência para aguentar as idas e voltas do romance entre Paulo e Lúcia. Me senti dentro de uma novela!
   Ah, e sabem aqueles livros totalmente quotaveis? Marquei várias citações nos ambos que li de Alencar. Passagens românticas, críticas literárias e sociais, devaneios…


   Vão lá, pessoas! Esqueçam que é um clássico, que é brasileiro, e se joguem de mente aberta! Mas comecem por Senhora, que ainda é o meu preferido!
   O próximo a ser lido, segundo meus planos, é Diva (que completa a trilogia de obras que traçam perfis de mulheres. HÁ! Quem disse que não haviam séries no passado?).

2 comentários:

  1. AHHHHHHHHHH, eu amo o Alencar!
    Estou querendo falar um pouco sobre os meus clássicos preferidos lá no blog. Fiquei inspirada agora! haha

    Algo pelo que eu sempre me orgulhei é por ter começado minha vida de leitura voraz pelos clássico, ao contrário de uma galera no meu colégio eu nunca achei a leitura chata! *_*

    E 'Senhora' é o meu preferido dele também!!!!!!!!
    já leu 'Diva'?!

    bjo

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    Respostas
    1. agora que eu li que você vai ler 'Diva', releva! agaugua

      Excluir

Agradeço o comentário!
Volte sempre! (:

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