sexta-feira, 14 de setembro de 2012

De volta pra estante #70: Palavras Envenenadas.

#70 - Palavras Envenenadas Nome: Palavras Envenenadas

Autora: Maite Carranza.

Editora: Novo Conceito.

Comprar: SaraivaLeituraFNAC.

“E agora, o que eu faço? Imagino ele abrindo a porta, com os olhos semicerrados e ameaçadores, duas fontes carregadas de ódio, que sabem tudo, que veem tudo, que me julgam por tudo. Talvez já saiba isso, também, e me matará. E me dou conta do meu erro. Abri a caixa de Pandora.”

 

   Um caso de desaparecimento que causou comoção mundial foi o de Madeleine McCann, aquela garotinha fofa que sumiu em Portugal. Vira e mexe aparecem notícias de pessoas sendo libertadas de cativeiros, mostrando uma barbárie na qual relutamos em acreditar. Como alguém priva outrem de sua liberdade? – Um livro que eu não li, mas retrata o lado do refém, é o 3096 Dias, de Natascha Kampusch.

   “Palavras Envenenadas” traz essa temática, com o ponto de vista dos envolvidos no desaparecimento de Barbara Molina. Faz 4 anos desde a última vez em que ela foi vista, e a investigação ficou inconclusa. Um dia, porém, uma ligação da garota retoma as atividades.

  Em terceira pessoa, o narrador desnuda os pensamentos da própria Bárbara Molina; Eva Carrasco, melhor amiga dela; Salvador Lozano, o detetive responsável pelo caso; e Nuria Solís, mãe da vítima. Cada um foi atingido por em níveis diferentes, mas todos são cheios de angústias. O tempo cronológico do livro não é longo, mas como não temos conhecimento do caso, somos levados à narrativas do passado, fundamentais para desenrolar a trama.

 

   Este livro já estava marcado para trocar – afinal, eu já sabia o que acontecia no final. Só que, diferente do que imaginei, Palavras Envenenadas vai além do romance policial. Tem uma boa dose de drama, sem ser cansativo – tanto que eu o folheei e recomecei a leitura sem perceber. O fato de saber de tudo transformou a história em outra, que vale a pena ser conferida novamente.

   Por se passar na Espanha, tem outro diferencial: nomes, lugares e hábitos que não vejo todo dia. São nesses momentos que me dou conta do quanto estou alienada com os hábitos estadunidenses; sinto como se já conhecesse o país! E eis que uma história apresenta outra realidade… Mesmo de forma não intencional, ela vem com muitos elementos culturais, como o dia a dia dos jovens. Por isso, leia!

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